Começou neste 14 de outubro o processo de beatificação da jovem nigeriana Vivian Uchechi Ogu, que foi assassinada aos 14 anos de idade, em 2009, por três covardes armados que tentaram estuprá-la. Ela pagou com a vida por resistir heroicamente à violência sexual, o que lhe rendeu comparações à jovem italiana Santa Maria Goretti.
De fato, Vivian se inspirava explicitamente nesta santa morta aos 11 anos por também ter resistido a uma tentativa de estupro. A jovem nigeriana conheceu na catequese a vida de Santa Maria Goretti e incentivava as suas colegas a imitarem-na, para jamais cederem a nenhuma forma de impureza.
Desde ainda antes ela era muito comprometida com a prática das virtudes cristãs. O Movimento Vivian Ogu, fundado na Nigéria para preservar a sua memória, registra que Vivian “foi presidente da Pontifícia Associação da Santa Infância e, aos 9 anos, arrecadou fundos para pagar o tratamento de várias crianças carentes no Hospital Central da cidade de Beni. Ela organizou diversas visitas a orfanatos, onde tocou a vida de numerosos órfãos pobres”.
Na noite em que Vivian foi morta, três ladrões invadiram a casa da sua família e conseguiram imobilizar a todos, incluindo o pai da jovem, que foi machucado pelos criminosos. Ainda mais covardes, os três raptaram Vivian e sua irmã mais velha e as levaram para um matagal, onde tentaram abusar das duas. Vivian resistiu bravamente, a ponto de pagar com a vida.
O decreto que abre o seu processo de beatificação foi apresentado aos fiéis da arquidiocese nigeriana de Beni pelo arcebispo dom Augustin Obiora Akubeze:
“A reputação de martírio e santidade da Serva de Deus não cessa de crescer após a sua morte (…) Convidamos todos os fiéis que puderem dar testemunho válido a se apresentarem e entrarem em contato com a Cúria Arquidiocesana para prestar suas informações, sejam favoráveis ou contrárias à fama de martírio e santidade da Serva de Deus”.
