A maioria das bolsas europeias fechou em alta nesta sexta-feira, sob influência do noticiário do processo de discussão da saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, e pelas mudanças de gabinete da África do Sul.
A UE suavizou o discurso sobre um acordo de livre comércio com os britânicos, o que fortaleceu a libra, mas, com isso, pesou sobre a bolsa londrina, com forte presença de companhias exportadoras.
O FTSE 100, referência em Londres, fechou em queda de 0,63% a 7.322,92 pontos. O DAX, de Frankfurt, teve alta de 0,46% a 12.312,87 pontos e se aproxima mais do recorde histórico de 12.374 pontos atingido em abril de 2015. O CAC 40, de Paris, teve ganho de 0,65% a 5.122,51 pontos. O Stoxx 600 subiu 0,18% a 381,14 pontos.
Na semana e no mês, o FTSE 100 acumulou queda de 0,19% e alta de 0,73%. O DAX teve alta de 2,06% e ganhou 4,03% em março. O CAC 40 avançou 2,02% e teve valorização de 5,43 no mês.
No primeiro trimestre, os indicadores europeus acumularam fortes ganhos. O índice londrino subiu 2,52%. O de Paris teve alta de 5,35%. O de Frankfurt avançou 7,25%. O Stoxx 600 registrou ganhos de 5,5% nos primeiros três meses de 2017.
Nesta sexta-feira, os setores de viagens e de varejo lideraram as altas com subidas de 1,44% e 0,77%, respectivamente.
Entre as quedas, o de matérias-primas perdeu 1,4% hoje após o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, ter demitido o ministro das Finanças, Pravin Gordhan, em uma mudança de equipe na virada da noite. O movimento político na África do Sul afetou os preços do minério de ferro e, com isso, as ações das gigantes da mineração BHP Billiton e Antofagasta tiveram quedas superiores a 2% cada.
Os papéis do grupo financeiro sul-africano Old Mutual figuraram entre os piores desempenhos do dia com uma baixa de mais de 7%.
Entre os dados econômicos divulgados nesta sexta-feira, o PIB do Reino Unido mostrou crescimento de 0,7% no quarto trimestre do ano passado e 1,9% na comparação anual.
A União Europeia divulgou o rascunho das linhas gerais da negociação do acordo do Brexit. O documento mostrou que o bloco está preparado para discutir um eventual acordo de livre comércio com os britânicos antes que os dois lados tenham concordado com os termos finais da separação.