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Por Ana Conceição, Valor — São Paulo


O Banco Central (BC) revisou a projeção para o crescimento do Produto Interno Brasileiro (PIB) de 0,8% para 0,5%, informa ao Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta-feira pela instituição. De qualquer forma, será a primeira expansão após dois anos de forte queda da atividade econômica. O PIB caiu 3,8% em 2015 e recuou 3,6% em 2016, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A revisão coloca a estimativa do BC em linha com a do Ministério da Fazenda, de crescimento de 0,5%, e dos analistas do mercado, de expansão de 0,47%.

No lado da oferta, a autoridade monetária vê desempenho aquém do esperado na indústria e nos serviços, mas aumentou a estimativa para a agropecuária. Sob o ponto de vista da demanda, o consumo das famílias foi revisado ligeiramente para cima, mas o BC não espera mais crescimento dos investimentos.

O setor industrial, que inclui construção, indústria extrativa, de transformação, distribuição de eletricidade, gás e água, teve seu PIB revisado para queda de 0,1%, ante estimativa anterior de crescimento de 0,6%. Em 2016, esse setor recuou 3,8%.

A construção civil puxa para baixo o resultado do setor industrial. O PIB desse segmento foi revisado de queda de 0,5% para recuo de 2,7%. A indústria de transformação deve ter crescimento, de 0,6%, mas mais moderado do que o esperado antes (1%).

Já o PIB dos serviços deve crescer apenas 0,1%, ante alta de 0,4% estimada anteriormente. Esse setor compreende comércio, transportes, serviços de informação, intermediação financeira, administração pública e atividades imobiliárias. Em 2016, esse setor teve retração de 2,7%.

O comércio deve crescer 0,7%, ante 0,8% estimado no relatório anterior, mas transporte, armazenagem e correios, que antes deveriam avançar 0,4% agora devem recuar 1,4%. Houve revisão importante também nos serviços de informação, que antes tinham projeção de alta de 0,7% e agora é de queda de 0,7%.

No lado da demanda, o BC estima elevação de 0,5% para o consumo das famílias, ante 0,4% previsto anteriormente, e após queda de 4,2% em 2016, pior resultado de toda a série histórica do PIB. “Esse cenário repercute o ambiente de aumento da renda real e dos indicadores de confiança, os impactos da liberação dos recursos das contas inativas do FGTS e as perspectivas de estabilização do mercado de trabalho, no segundo semestre”, segundo o BC.

O consumo do governo deve crescer 0,2%, após projeção de 0,5% em dezembro passado, recuo compatível com o ajuste fiscal em curso, segundo o BC. Em 2016, a demanda do governo caiu 0,1%.

A formação bruta de capital fixo (FBCF, medida de investimentos) deve ter mais um ano de queda, segundo o BC, de 0,3% em 2017, após decréscimo de 10,2% em 2016. No RTI anterior, o BC estimava alta de 0,3%. A queda esperada para este ano reflete a piora no cenário esperado para construção civil e para absorção de bens de capital, diz a autoridade monetária.

No setor externo, as exportações foram revisadas para crescimento de 2,4%, ante alta de 2,2% na projeção anterior, e as importações deverão aumentar 3,5%, ante estimativa de 4,1%. “A evolução das exportações reflete o desempenho positivo de culturas agrícolas relevantes na pauta e a redução na projeção das importações está condicionada, em grande parte, pelas revisões para baixo na indústria e na FBCF. Nesse cenário, as contribuições da demanda interna e do setor externo para a evolução do PIB em 2017 são estimadas em 0,6 ponto e -0,1 ponto, respectivamente”, informa o RTI.

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