Finanças
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Por Cristiane Bonfanti e Eduardo Campos, Valor — Brasília


O diretor de fiscalização do Banco Central (BC), Anthero Meirelles, afirmou que o período recente foi de grande desafio para o setor real, com recessão profunda, mas isso não se propagou no sistema financeiro.

Na avaliação ele, o sistema financeiro tem capacidade de absorver esse momento desafiador, com aumento de riscos de crédito e inadimplência.

“O sistema financeiro mostrou resiliência e ainda se mostra bastante solvente”, disse Meirelles, em entrevista para comentar o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2016.

Ele citou ainda que a pesquisa de estabilidade realizada pelo Banco Central junto ao mercado mostra que os riscos à estabilidade se reduziram no período recente.

Ele disse ainda que, nos últimos REFs, foi construído um conceito de ativos problemáticos. “É o conceito de inadimplência que não envolve só créditos em atrasos e ainda todo o restante da carteira que é de maior risco. O que a gente viu no segundo semestre do ano passado foi um aumento dessa carteira de ativos problemáticos, mas o que a gente percebe também é que o nível de provisionamento das entidades financeiras se mantém compatível com o risco”, afirmou.

“No curto prazo, a gente espera que esses ativos problemáticos ainda cresçam na margem. A gente nota estabilização, alguns períodos de inadimplência, mas os ativos problemáticos cresceram e devem manter algum crescimento, sem trazer risco à estabilidade”, afirmou.

Resiliência

O diretor do BC disse que o sistema financeiro está bastante resiliente a um risco de crédito e câmbio.

Segundo ele, os riscos de crédito se materializaram e esse movimento tem impacto a rentabilidade e a inadimplência. No entanto, a exposição líquida dos bancos é muito pequena a esses fatores.

“Somente uma queda de 30% no preço dos imóveis geraria algum problema de insolvência no sistema financeiro”, disse, em entrevista para comentar o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2016.

Em um outro teste de contágio realizado, afirmou o diretor, o que se verifica é que os riscos de contágio direto são muito baixos. “Mesmo retirando as mais relevantes, nenhuma instituição seria afetada. O impacto vindo do risco de contágio é muito baixo”, disse.

Lava-Jato

Anthero Meirelles reforçou que o sistema financeiro tem capacidade de absorver eventuais impactos relacionados à Operação Lava-Jato.

“O sistema tem capacidade de absorver eventuais perdas relacionadas à Lava-Jato”, afirmou Meirelles, que considerou ainda que o Banco Central já observa, na margem, que o cenário econômico pode estar se revertendo.

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