(Atualizada às 14h14) Michel Temer ampliou a margem de votos no Senado, que, por 61 a 20, decidiu pela perda de mandato de Dilma Rousseff. Um deles foi o do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que dava sinais divergentes se iria ou não se posicionar na votação final. O pemedebista, então, votou e opinou pela cassação do mandato da petista.
Temer também conseguiu o voto de Telmário Mota (PDT-RR), que era um dos articuladores do lado de Dilma. Mas, desde o começo da semana, cresceram os rumores de que ele mudaria de lado.
Em nota, Temário explicou: “Considero que a presidente Dilma não foi afastada pela prática de crime algum, mas sim por posturas políticas adotadas, que não foram capazes de conquistar uma base de apoio congressual minimamente favorável ao seu governo”.
“Para decidir meu voto pelo afastamento atendi ao clamor do povo que me escolheu”, escreveu. O senador declarou ainda que opinaria contra a perda dos direitos políticos de Dilma, “por entender que seu afastamento se deu pelos motivos políticos dos quais discorri”.
Acir Gurgacz (PDT-RO) conversava com os dois lados. Chegou a almoçar com Dilma e aliados. Era considerado um voto contra o impeachment por alguns petistas. Mas votou pela perda do mandato.
Na segunda fase do processo no Senado, a chamada pronúncia, Temer havia conseguido 59 votos. Ao ampliar a base, com os votos de Renan e Telmário, o impeachment de Dilma foi aprovado com 61 votos a 20.