Edição do dia 07/06/2016

07/06/2016 08h37 - Atualizado em 07/06/2016 10h52

Janot pede prisão de Cunha, Renan Calheiros, Sarney e Romero Jucá

Para o Ministério Público, Cunha segue interferindo em decisões da Presidência e da Câmara e os outros conspiraram contra a Lava Jato.

O procurador-geral da República pediu a prisão do presidente do Senado, senador  Renan Calheiros, do ex-presidente da República José Sarney e do senador Romero Jucá. Informação exclusiva da edição de terça-feira (7) de O Globo, que foi confirmada na terça-feira (7) de manhã pela TV Globo. Janot afirmou que os três agiram contra a operação Lava Jato.

De acordo com o Ministério Público, o presidente do Senado, Renan Calheiros, o ex- presidente José Sarney e o senador Romero Jucá conspiraram para atrapalhar as investigações. Tentaram mudar a decisão do Supremo que prevê a prisão de condenados a partir da segunda instância. Planejaram mudar a lei, para permitir delação premiada apenas para pessoas em liberdade, e não para presos investigados e também para pressionaram para que acordos de leniência das empresas pudessem esvaziar as investigações.

A TV Globo confirmou todas as informações. Em relação aos pedidos de prisão, no caso do ex-presidente José Sarney, o pedido é para que ele fique monitorado com uma tornozeleira eletrônica.

A manchete do jornal O Globo traz: Janot pede prisão de Renan, Sarney e Jucá por agirem contra Lava Jato. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, do ex-presidente José Sarney e do senador Romero Jucá, todos do PMDB.

De acordo com o jornal, Renan, Sarney e Jucá foram flagrados tramando contra a Operação Lava Jato em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Ainda de acordo com o jornal, os pedidos de prisão já estão com o ministro Teori Zavascki há pelo menos uma semana.

De acordo com o jornal O Globo, os indícios de conspiração são considerados, por investigadores, mais graves doque as provas que levaram Delcídio do Amaral à prisão em novembro do ano passado e a perda do mandato em maio.

Segundo O Globo, se a trama não fosse documentada pelas gravações de Sérgio Machado a legislação seria modificada de acordo com os interesses dos investigados. Nas conversas gravadas, Renan, Jucá e Sarney aparecem discutindo medidas para interferir na Lava Jato.

O padrinho político de Machado e alvo central da delação do ex-presidente da Transpetro, Renan Calheiros, sugere mudar a legislação para inibir a delação premiada. Para a Procuradoria-Geral da República está claro que a ação de Renan, Jucá e Sarney tinha como objetivo obstruir as investigações sobre a organização especializada em desviar dinheiro de contratos entre grandes empresas e a Petrobras.

O Bom Dia Brasil procurou o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, mas ainda não recebeu resposta.

Ao jornal O Globo, o senador Renan disse que mantinha apenas uma relação institucional com o ex-presidente da Transpetro e que na conversa com Sérgio Machado expressou apenas um ponto de vista sobre a Lava Jato.

O Bom Dia Brasil também procurou o senador Romero Jucá, mas a assessoria dele ainda não retornou o contato. Ao jornal O Globo, Jucá negou que tenha recebido qualquer dinheiro ou autorizado alguém a receber recursos em nome dele.

A defesa do ex-presidente Sarney disse na terça-feira (7) que é inacreditável que os advogados dos interessados não tenham acesso às delações que estão em todos os jornais e que Sarney em momento algum tentou interferir na Lava Jato e confia no Poder Judiciário.

Tem novidade sobre os pedidos de prisão de políticos feitos pelo procurador-geral da República. Lembrando, Rodrigo Janot pediu a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, do ex-presidente da República José Sarney e do senador Romero Jucá.

Uma nova informação exclusiva da TV Globo: O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu também a prisão do presidente afastado da Câmara Eduardo CunhaIsso porque, de acordo com o Ministério Público, a decisão do ministro do Supremo Teori Zavascki de afastar Eduardo Cunha da Presidência da Câmara e também do mandato não surtiu efeito. Ele continua interferindo nas decisões da presidência e também nas comissões da Câmara dos Deputados. Essa informação foi confirmada na manhã de terça-feira (7) e o Bom Dia Brasil tentou falar com a defesa do presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha.

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