Enquanto fechou um contrato com as forças armadas brasileiras ao final do mês de setembro, a Kaspersky, empresa responsável pelo desenvolvimento de um dos anti-vírus mais populares do mercado, foi banida no Departamento de Segurança dos EUA.

Aparentemente, o banimento ocorreu por suspeitas de vazamento de dados da Agência Nacional de Segurança (NSA), e agora, um mês depois de se tornar efetivo, notícias emergiram na web apontando a possível causa.

De acordo com o Wall Street Journal, em 2015 um funcionário da NSA havia levado para casa arquivos confidenciais para continuar trabalhando no projeto (o famoso levar o trabalho para casa).

A inteligência russa, de alguma forma, descobriu a ação através da Kaspersky (o empregado tinha o software instalado em seu PC), e utilizou sua solução de proteção para coletar de forma não-autorizada informações sobre os dados secretos.

O conteúdo incluía detalhes importantíssimos, sobre como a agência defende os organismos norte-americanos contra ataques eletrônicos de outros países, bem como estratégias da NSA para se infiltrar em máquinas estrangeiras.

Apesar da polêmica, a empresa nega sua relação com o governo russo; mas especialistas acreditam que, por causa da legislação no país, o órgão pode forçá-la a entregar as informações.

A Kaspersky é uma empresa russa, o que levantou ainda mais as suspeitas, pois no trâmite que envolve o escaneamento de arquivos do computador e comparação com um banco de dados de códigos maliciosos (próprio da empresa) tais informações podem ter sido 'retidas'.