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Apesar da inflação, venda de imóveis novos cresceu em 2021

por Redação Dinheirama
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Embora a economia brasileira ainda não tenha se recuperado completamente, o mercado imobiliário fechou 2021 no positivo. De acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira (21) a venda de imóveis novos cresceu no ano passado.

Conforme o estudo Indicadores Imobiliários Nacionais do 4º trimestre de 2021, o crescimento foi de 12,8% na comparação com 2020. Enquanto o lançamento cresceu 25,9%, a oferta final de imóveis terminou o ano com alta de 3,8%.

O levantamento é da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Senai Nacional, em parceria com Brain Inteligência Estratégica. A análise leva em conta 176 cidades, sendo 22 capitais.

De acordo com o presidente da CBIC, José Carlos Martins, as vendas foram muito boas em 2020 e no primeiro semestre de 2021. “Batemos recordes atrás de recordes. Os números consolidados de 2021 são positivos, mas isso precisa ser lido com atenção. No último trimestre a curva estabiliza e começa a decrescer”.

Inflação dos imóveis

De fato, o estudo indica que lançamentos e vendas do segundo semestre de 2021 tiveram impacto do cenário econômico. Em outras palavras, a inflação dos insumos da construção e a queda do poder de compra das famílias afetaram as vendas.

Segundo Martins, o mercado já percebia que o aumento de custo não era compatível com a renda das pessoas. “Enquanto o IPCA gira em torno de 10%, o Índice da Construção Civil está em torno de 20%. Ou seja, o custo da construção subiu muito mais do que a capacidade de reposição dos salários.”

Para o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci, as construtoras não repassaram o aumento aos consumidores.

“Os preços dos imóveis registraram aumento de 6,12% no último trimestre de 2021, em relação ao trimestre anterior. As construtoras não estavam repassando, mas agora o consumidor final está absorvendo a subida nos preços dos materiais.”

Intenção de compra de imóveis

Nos últimos 12 meses, a intenção de compra de imóveis pela população se manteve estável. A saber, 5% da população afirmou que pretende comprar imóveis.

  • 62% dos brasileiros não têm intenção de compra;
  • 20% têm intenção, mas não começaram a procurar ativamente;
  • 12% possuem intenção, mas procuraram apenas na internet;
  • 6% têm intenção e já começaram a visitar imóveis e stands de vendas.

De acordo com Marcos Kahtalian, sócio da Brain Inteligência Estratégica, a vontade de comprar existe. “Mas a grande preocupação é se o imóvel cabe no bolso”.

Casa Verde e Amarela

No programa habitacional Casa Verde e Amarela, as vendas aumentaram 3,4% em 2021 em relação ao ano anterior. No entanto, com a alta no preço dos insumos, os valores dos imóveis se desenquadram do programa.

Dessa forma, o governo alterou a curva de subsídios, que varia com a renda, composição familiar ou localização da família. De acordo com o secretário nacional de Habitação, Alfredo dos Santos, houve um aumento no subsídio para mais famílias. “Especialmente as que recebem até R$2.000”.

Como resultado, o mercado espera um impacto positivo dos subsídios que devem entrar em vigor em março e abril. Assim, a expectativa é a de que as vendas de imóveis em 2022 fiquem próximas às do ano passado.

Programa habitacional

O estudo Indicadores Imobiliários Nacionais analisou especificamente o programa habitacional. No último trimestre de 2021, houve alta de 28,3% nos lançamentos, mas queda de 0,3% nas vendas. Como resultado, a oferta final (imóveis não vendidos) subiu 12,1% na comparação com o trimestre anterior.

Desse modo, a participação do programa no total de unidades vendidas registrou leve queda no 4º trimestre. Em outras palavras, foi de 47% para 45% de representatividade entre todos os imóveis vendidos no país.

Além disso, o estudo apresentou um ranking das vendas do Casa Verde e Amarela por região no último trimestre de 2021.

  • Sudeste: 18.167 unidades vendidas;
  • Nordeste: 5.248;
  • Sul: 3.614;
  • Centro-Oeste: 1.660;
  • Norte: 721.

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