Tecnologia

Por G1


Faixa 'Bololo haha', do jovem MC de SP Bin Laden, na seção 'Skrillex selects' no site Soundcloud — Foto: Reprodução / Soundcloud

O Soundcloud pode estar com os dias contados. Alex Ljung, fundador e CEO do serviço de streaming de músicas, enviou uma carta aos acionistas da empresa pedindo que aceitem ou rejeitem até esta sexta-feira (11) uma nova rodada de investimento de US$ 169,5 milhões. Caso o pedido seja negado, no entanto, Ljung sugere que o Soundcloud não tem mais condições de continuar como negócio. A informação é do site Axios e de outros veículos da imprensa internacional.

A empresa do Soundcloud não passa por um bom momento:

  • Demitiu 173 pessoas em julho, o que equivale a 40% do quadro de funcionários.
  • E recebeu US$ 230 milhões em investimentos até 2016, mais um financiamento de dívida de US$ 70 milhões em 2017, e ainda assim luta para se monetizar e dar lucro.

Na avaliação do site TechCrunch, a negativa no financiamento forçaria a venda do Soundcloud, ação que sempre foi rejeitada por Ljung. Mas se não houver um comprador para o serviço, todo o acervo de músicas do Soundcloud poderia ser apagado. A plataforma é um dos principais destinos na internet para descobrir novos artistas e produtores de conteúdo em áudio.

Caso a rodada de investimento seja aceita, no entanto, Ljung deve deixar o cargo de CEO. Segundo o site Recode, os acionistas querem substituí-lo por Kerry Trainor, ex-CEO da plataforma de vídeos Vimeo.

Em 2014, o Soundcloud chegou a ser avaliado em US$ 700 milhões. Em 2016, lançou um novo serviço para tentar recuperar o espaço perdido para plataformas como Spotify, Apple Music e Deezer. A ideia do Soundcloud Go é juntar faixas e álbuns que já fazem sucesso ao acervo underground do site, um dos principais destinos na internet para descobrir novos artistas.

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