Sede da SeagateA fabricante de discos rígidos Seagate deve entrar em um acordo com aproximadamente 12 mil funcionários e ex-funcionários que tiveram seus dados expostos após um criminoso convencer um colaborador da empresa a encaminhar os dados pessoais em posse da empresa. 

Segundo o processo movido pelos funcionários contra a Seagate, os dados já foram utilizados pelos golpistas para obter indevidamente os valores relativos à restituição do imposto de renda nos Estados Unidos.

A Seagate se comprometeu a contratar um serviço de proteção de identidade para os funcionários afetados por dois anos. O valor do serviço, segundo a empresa, seria US$ 5,75 milhões (cerca de R$ 17,8 milhões). O valor inclui um seguro que cobre até US$ 42 milhões de prejuízo com possíveis fraudes associadas ao roubo de identidade dos funcionários.

(Foto: Domínio Público)

O golpe
A Seagate foi alvo de uma fraude em março de 2016, quando um golpista enviou um e-mail falso para um funcionário da empresa pedindo os dados dos funcionários da empresa. A solicitação foi atendida e, com isso, os dados foram parar na mão de criminosos.

Esse tipo de fraude é chamada de Business Email Compromise, ou BEC. Os criminosos estudam a hierarquia de uma empresa para fazer pedidos a funcionários específicos, muitas vezes se passando por superiores, para conseguir obter dados ou até realizar transferências de dinheiro.

A Seagate chegou a afirmar que o número de pessoas afetadas estava "bem abaixo dos dez mil". No acordo, porém, o número de funcionários afetados informado, pela própria Seagate, é de "aproximadamente 12 mil indivíduos".

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