Tecnologia

Por Reuters


As movimentações nos terminais portuários argentinos operados pela gigante estatal chinesa Cofco foram afetadas por um ataque cibernético global, disse nesta quarta-feira (28) um gerente local.

O ataque, que começou na Rússia e na Ucrânia, causou estragos em vários países, paralisando computadores ou interrompendo as operações, como no caso do operador portuário Maersk, da fábrica de chocolate Cadbury na Austrália e do braço imobiliário do banco francês BNP Paribas.

"O sistema da Cofco foi afetado pelo ataque global, foi infectado por um vírus, por isso estão trabalhando mecanicamente, não conectados ao sistema regular de informação", disse Guillermo Wade, chefe da câmara de operadores portuários CAPyM, em uma entrevista por telefone.

Um dos diversos navios previstos para descarregar um carregamento de fertilizantes em Rosário está parado desde terça-feira, enquanto uma embarcação que carregava trigo produzido no cinturão de grãos dos Pampas foi interrompida por horas até que operadores locais começassem a realizar operações manualmente.

"Está afetando todas as operações portuárias da Cofco em Rosário", disse Wade. "O navio de carga que estava descarregando fertilizantes ainda está parado. Isso causou um atraso na fila de outros navios que têm cargas para descarregar."

A Cofco comercializa mais de 78 milhões de toneladas de grãos por ano no mundo inteiro, segundo a imprensa estatal chinesa, e em 2014 concordou a comprar a operadora holandesa de grãos Nidera e o agronegócio do Noble Group por mais de US$ 3 bilhões.

Um representante local da companhia não respondeu imediatamente a uma solicitação de comentário. A Cofco é uma das 43 companhias de exportação e serviços portuários que pertencem à câmara CAPyM, disse Wade.

A Cofco opera dois portos em Rosário. Cada um tem dois leitos usados para carregar grãos, oleaginosas e subprodutos, bem como para descarregar fertilizantes usados por produtores ao redor do vasto cinturão de grãos dos Pampas.

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