Quanto tempo pode durar um PC Gamer top de linha?

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Imagem: Reprodução/Triobest

Os jogadores aficionados por gráficos de alta qualidade vivem discutindo se vale mais a pena investir em um console ou em um computador robusto para jogos. É claro que os defensores dos PCs têm argumentos favoráveis devido às inovações anuais de hardware.

Todavia, nesse tipo de situação sempre surgem questionamentos quanto à duração de um PC gamer, já que os jogos ficam mais modernos e exigem maior performance a cada ano. As peças têm limitações e inevitavelmente não entregarão o mesmo desempenho depois de um tempo.

Esse é o tipo da coisa que não afeta tanto o público que aposta em video games. Tais aparelhos são projetados para rodar os títulos sem que o jogador tenha de se preocupar com a compatibilidade ou ajustes de gráficos.

Já o pessoal que aposta no computador tem alguns inconvenientes: o preço elevado de uma máquina top de linha, a queda na performance geral do equipamento ao longo dos anos e a necessidade de ajustes na qualidade gráfica.

Esses são alguns dos pontos que freiam muitos gamers na hora de adquirir um PC para jogos. A incerteza de definir a durabilidade da máquina é algo que sempre deixa o consumidor preocupado. Mas, afinal, qual é a vida útil de um PC Gamer top de linha?

Um cálculo bastante complexo

É muito difícil mensurar o tempo exato da vida útil de um computador, já que isso depende de uma série de fatores. Primeiro, temos a questão da usabilidade, o que nos leva a questionar quais tarefas serão realizadas na máquina. Quanto maior a diversidade de atividades, maior será o tempo de uso, o que inevitavelmente causa um desgaste para todos os componentes.

Depois, temos que pensar na qualidade das peças. Não existe uma definição específica para um “PC Top de linha”, ainda mais dado a quantidade de marcas e modelos. No entanto, é de conhecimento geral que, assim como em qualquer segmento de produtos, há marcas mais premium e outras mais modestas, que desenvolvem os componentes com diferentes padrões.

Fora isso, temos que pensar que os computadores aceitam upgrades, então é claro que a vida útil pode ser amplificada com um ou outro ajuste na configuração da máquina. E há ainda fatores que estão fora do controle do usuário, como é o caso de possíveis quedas de energia ou acidentes que podem limitar ou impedir o funcionamento da máquina.

Pensando em jogos

Assim, para conseguir ter uma noção geral da durabilidade de um computador, neste artigo nós vamos considerar um cenário ideal e imutável da máquina. Obviamente, considerando o foco do produto, é mais do que justo pensar na vida útil levando em conta a execução de games.

Bom, uma análise geral de um PC não pode ser feita apenas tendo em vista a parte de hardware, já que os componentes da máquina são fabricados especialmente para trabalhar para os softwares. Uma coisa está atrelada a outra, então a ideia mais válida é começar falando do cenário dos games e da evolução no segmento.

Faz tempo que o mercado dos jogos funciona essencialmente com base em duas APIs famosas: a OpenGL e a DirectX. Os games são desenvolvidos com base nesses softwares e os componentes de hardware são projetados para atender aos requisitos desses softwares. Assim, vamos pensar no PC gamer focado em DirectX.

O DirectX 11 foi lançado lá em 2009, junto com Windows 7 e também no Service Pack 2 do Windows Vista. Todavia, tirando um outro game que chegaram junto com a API, a maioria dos títulos compatíveis com essa novidade foi liberada um ou dois anos depois de o software chegar ao público.

A história não foi diferente com o DirectX 12, que chegou em 2015 no Windows 10, mas que só foi aderido por grandes produtoras quase dois anos depois. O motivo é bastante simples: o desenvolvimento de um game é bem demorado, então é normal que as empresas precisem de algum tempo para compreender as novidades e, então, aplicar em seus produtos.

Requisitos de hardware e duração aproximada

É curioso perceber que mesmo com a popularização do DirectX 12, algumas desenvolvedoras ainda mantêm o suporte até para o DirectX 10. E o que isso quer dizer? Na teoria, isso significa que uma placa de 2006 (como a GeForce 8800 GTX) ainda pode rodar alguns jogos lançados em 2017.

É claro que, por conta das limitações de desempenho, se pegarmos um game como Outlast 2, que tem suporte para o DirectX 10, não será possível jogar com um mínimo de qualidade satisfatória com a placa supracitada, pois o próprio game requisita uma placa mais robusta, como uma GeForce GTX 260 ou uma Radeon HD 4870 — que são placas lá de 2008.

Na parte de CPU, o próprio Outlast 2 revela como especificação mínima a necessidade de um processador Intel Core i3-530 (de primeira geração), o que nos permite entender que um dispositivo com quase 7 anos de idade ainda é capaz de rodar um título recente. Obviamente, você terá o mínimo da qualidade, mas isso já nos dá uma ideia da vida útil de um PC gamer.

Agora, se pensarmos em outros jogos lançados há um ou dois anos, como é o caso de Alien: Isolation que ainda é bem popular, podemos verificar que até um chip mais antigo como o Intel Core 2 Duo E8500 ainda tem seu valor para alguns games de boa qualidade. Esse título da SEGA requisita uma GPU mais poderosa (como a GeForce GT 430), mas ainda estamos falando de uma placa lançada em 2010.

Assim, como uma análise rápida, podemos entender que um PC gamer top de linha pode ter uma vida útil de aproximadamente 7 anos, que é mais ou menos o tempo que as desenvolvedoras vão demorar para migrar seus games para novas APIs, o que por consequência vai requisitar mais das máquinas.

Pensando paralelamente na duração dos consoles, podemos perceber que um PC robusto tem um tempo de vida bastante similar. É claro que, com o passar dos anos, o desempenho e a qualidade vai cair nos games mais modernos, mas ao menos o consumidor pode continuar experimentando novas aventuras sem ter que trocar peças anualmente.

Para finalizar, vale mencionar que nada impede que um computador com 10 anos de idade ainda rode muitos games lançados atualmente, mas possivelmente a biblioteca do usuário ficará limitada a títulos mais simples. Agora, se ao longo do caminho o consumidor fizer algum upgrade, é possível prolongar essa vida útil. No fim, o PC é uma plataforma bem interessante para os jogadores.

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