Correios acabam com e-Sedex, versão mais barata do Sedex

Decisão judicial obrigava Correios a manterem e-Sedex, mas a modalidade de envio só durou mais seis meses

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 semana

Quando os Correios anunciaram o fim do e-Sedex, em novembro de 2016, uma decisão da justiça obrigou a estatal a continuar oferecendo o serviço, sob pena de multa. Mas a modalidade de envio, que era voltada a lojas online e mais barata que outros serviços de entrega rápida, só teve uma sobrevida de seis meses: na próxima segunda-feira (19), ela será definitivamente encerrada.

A decisão foi comunicada às empresas que utilizavam o serviço e divulgada pelo Mandaê. Em memorando, a estatal informa que “em virtude da aprovação da nova Política Comercial pelo Conselho de Administração dos Correios, informamos que o serviço e-Sedex será descontinuado a partir de 19/06/2017”, acrescentando que “todas as postagens deverão ser realizadas nos códigos de Sedex ou PAC ativos no contrato”.

O e-Sedex era um serviço com tarifas próximas às cobradas em entregas convencionais (PAC), mas com os prazos do Sedex. Na época do anúncio da extinção da modalidade, o presidente dos Correios, Guilherme Campos Júnior, afirmou à imprensa que o e-Sedex era o equivalente a “ter a liberdade de ser solteiro com o conforto de casado”.

Com o fim da modalidade, a tendência é que os fretes em lojas online fiquem mais caros, principalmente para empresas que não possuem contratos com outras transportadoras. Quando a descontinuação do serviço foi anunciada pela primeira vez, o e-Sedex ainda era bastante popular entre os varejistas, representando 30% do faturamento das lojas franqueadas dos Correios.

A medida é uma tentativa de equilibrar as contas dos Correios. A empresa, que detém o monopólio de entrega de correspondências, teve prejuízo de R$ 2,1 bilhões em 2015. Nos primeiros quatro meses de 2017, os Correios já perderam R$ 800 milhões; a previsão é terminar o ano com rombo de R$ 1,3 bilhão.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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