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Seus ossos e dentes têm muito mais em comum do que você imagina

Como uma viagem de ônibus, a Guerra do Vietnã e serendipidade científica influenciaram na criação de cremes dentais capazes de combater hipersensibilidade

Por Abril Branded Content
Atualizado em 27 jul 2017, 11h06 - Publicado em 30 Maio 2017, 15h30
Novamin: uma revolução no combate a hipersensibilidade nos dentes (from2015/Getty Images)

Sabe aquela história de quem muito procura acaba achando? Com pesquisas científicas às vezes acontece extraordinariamente o contrário: cientistas descobrem coisas que não estavam exatamente procurando.

O mais famoso desses casos de serendipidade na ciência provavelmente foi a invenção da penicilina, graças a um experimento que literalmente mofou, abrindo caminho para a descoberta de um dos mais poderosos antibióticos do mundo.

Outra dessas histórias é sobre um tipo de vidro bastante especial que viria a ser conhecido como biovidro. Suas aplicações têm hoje papel fundamental em implantes ortopédicos, na regeneração óssea e pasme, até mesmo na luta contra a hipersensibilidade nos dentes.

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Encontro improvável

Tudo começou em agosto de 1967 durante uma viagem de ônibus. Um cientista da Universidade da Flórida, Dr. Larry Hench estudava naquela época que propriedades tornam alguns vidros resistentes à radiação nuclear. Seu companheiro de poltrona era um oficial do Exército dos EUA que havia acabado de voltar da Guerra do Vietnã chamado Coronel Klinker.

Papo vai, papo vem, o coronel perguntou ao cientista porque os corpos de soldados feridos na guerra rejeitavam os metais e plásticos usados ​​para consertar seus ossos. Com a rejeição desses materiais, a única maneira de mantê-los vivos era a mutilação. Seu maior questionamento foi: “Se você já consegue fazer um composto que sobrevive a altas taxas de radiação, é possível criar algo que aguente à exposição ao corpo humano?”.

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Dois anos depois, ainda intrigado com a pergunta que martelava, Hench encontrou uma solução. Com o avanço de suas pesquisas, ele criou um material que conseguia formar um “vínculo vivo” com os ossos. Assim nasceu a classe de vidros bioativos, registrados como biovidros. Desde então, eles têm sido utilizados com sucesso na medicina para  acelerar a regeneração de tecidos lesionados do corpo humano, como fraturas ósseas.

Um toque de saliva

Agora você deve estar se perguntando: como esses tais biovidros vieram parar em nossas bocas? O grande avanço só se deu mesmo décadas depois, em 1996, graças a dois dentistas e um pesquisador obcecados com o tratamento de hipersensibilidade dentinária. Foi este trio quem adaptou o uso desses materiais para funcionar com dentes, após anos de pesquisas.

Biovidros são formados por cálcio, sódio, sílica e fósforo, elementos já presentes no corpo humano, mas que por si só não fazem muita coisa pelos dentes. No entanto, quando juntos entram em contato com água ou fluídos corporais, como a saliva, eles se transformam em uma camada parecida com a hidroxiapatita. Semelhante química e estruturalmente aos minerais nos dentes, este composto reduz drasticamente sua sensibilidade e te ajudar a tomar um cafezinho sem sofrimentos. A tecnologia foi patenteada em 2002 com o nome de Novamin e hoje pode ser encontrada nos cremes dentais para o tratamento de dentes sensíveis.

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