Rocha Loures

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 Nota: Para o professor e escritor, veja Rodrigo Rocha Loures.
Rocha Loures
Rocha Loures
Rodrigo Rocha Loures
Deputado Federal pelo Paraná
Período 8 de março de 2017
até 31 de maio de 2017[nota 1]

1º de fevereiro de 2007
até 1º de fevereiro de 2011

Dados pessoais
Nascimento 13 de novembro de 1966 (57 anos)
Curitiba, PR
Alma mater Fundação Getúlio Vargas
Partido PMDB
Profissão Administrador de Empresas

Rodrigo Santos da Rocha Loures (Curitiba, 13 de novembro de 1966) é um administrador de empresas e político brasileiro, filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Foi deputado federal pelo Paraná e membro da Executiva Nacional do PMDB.[2] É filho do fundador da Nutrimental, Rodrigo Rocha Loures.

Em 18 de maio de 2017, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou o afastamento de Rodrigo Rocha Loures do cargo de deputado federal.[3] No mesmo dia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão de Loures.[4] Após voltar para a suplência do cargo de deputado federal, diante de novo pedido da PGR, foi preso pela Polícia Federal em 3 de junho de 2017..[5]

Biografia[editar | editar código-fonte]

É formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e executivo da Nutrimental onde desenvolveu o programa que deu origem à linha de barra de cereais Nutry.[6]

Trajetória política[editar | editar código-fonte]

Como deputado federal teve a sua atuação ligada predominantemente a temas como sustentabilidade e empreendedorismo. Membro da Frente Parlamentar Ambientalista,[7] foi coordenador do Grupo de Trabalho do Clima. Presidiu a Comissão Especial de Energias Renováveis, responsável pela elaboração do marco legal para incentivo à produção de energia limpa no Brasil.[8] Em 2010, integrou também a Comissão de Finanças e Tributação, a Comissão de Educação e Cultura, a Frente Parlamentar da Habitação e a Frente Parlamentar da Educação entre outras.

Durante seu mandato, posicionou-se em defesa do projeto Pré-sal para todos[9] e relatou o projeto de lei 6.716/09,[10] que altera 47 artigos do Código Brasileiro de Aeronáutica.

Não disputou a reeleição para deputado federal, pois foi candidato a vice-governador do Paraná na chapa encabeçada por Osmar Dias[11] e membro da coligação A união faz um novo amanhã, formada pelos partidos PDT, PMDB, PT, PSC, PR e PCdoB, obtendo quase 44% dos votos válidos e perdendo a eleição, em 1.º turno, para a chapa encabeçada por Beto Richa como governador, tendo Flávio Arns na vice. Foi convidado pelo Vice Presidente da República Michel Temer a assumir a chefia do seu gabinete.[6]

Em 2014, candidatou-se a deputado federal pelo PMDB, não atingindo votos para se eleger, pois recebeu 58.493 mas perdeu a vaga pelo coeficiente de outros partidos.[12] Permaneceu como suplente e assumiu uma cadeira na Câmara em 8 de março de 2017, quando o deputado Osmar Serraglio deixou o parlamento para assumir o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública.[13] No dia 31 de maio de 2017, Serraglio foi exonerado do ministério da Justiça e retornou ao cargo de deputado federal, retomando de Loures o mandato.[14] [15]

Operação Patmos[editar | editar código-fonte]

Foi alvo da operação Patmos em 18 de maio de 2017, um dia após o jornal O Globo revelar a existência de áudios comprometedores e provas contra Rocha Loures, o presidente Temer, o senador Aécio Neves e diversos outros agentes políticos.[16] O ministro do STF Edson Fachin, como relator da Operação Lava Jato, determinou que Rocha Loures fosse afastado da Câmara dos Deputados.[17]

Apontado como intermediário do presidente Michel Temer para assuntos do grupo J&F com o governo. Teria sido escolhido para resolver uma disputa relativa ao preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica do grupo JBS no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, pela qual teria recebido 5% de propina e teria telefonado para o presidente interino do Cade, Gilvandro Araújo, para interceder pelo grupo.[18] Foi filmado pela PF recebendo uma bolsa com 500 mil reais, entrega feita por Ricardo Saud, diretor da JBS, após combinar pagamento semanal no mesmo valor pelo período de 20 anos.[18] No dia 23 de maio entregou a mala à polícia federal de São Paulo contendo 465 mil reais, 35 mil reais a menos que o valor relatado na operação. [19]

Prisão[editar | editar código-fonte]

Em 3 de junho de 2017, após perder a imunidade parlamentar devido à volta de Osmar Serraglio ao cargo de deputado, Rocha Loures foi preso pela Polícia Federal (PF). O mandado de prisão havia sido assinado na noite do dia 2 de junho, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF. O pedido de prisão foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Rocha Loures foi preso preventivamente (antes da condenação) em Brasília e foi levado para a Superintendência da PF no Distrito Federal.[20] Rocha Loures também é suspeito de participação em organização criminosa, corrupção passiva e obstrução da justiça.

Cargos[editar | editar código-fonte]

  • Chefe de gabinete do governador do Paraná entre 2003 e 2005;
  • Coordenador das ações em favor dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no Paraná através do programa Nós Podemos Paraná;
  • Vice-tesoureiro do Diretório Nacional do PMDB;
  • Tesoureiro do Diretório Estadual do PMDB do Paraná;
  • Vice-líder do bloco PMDB, PSC e PTC na Câmara dos Deputados;
  • Idealizador e coordenador das ações em favor dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no Paraná através do programa Nós Podemos Paraná entre 2005 e 2007
  • Chefe de gabinete da Vice Presidência da República entre 2011 e 2014;
  • Membro da Executiva Nacional do PMDB.

Notas

  1. Afastado pelo STF desde 18 de maio de 2017.[1]

Referências

  1. «STF determinou afastamento de Aécio Neves e Rocha Loures dos mandatos». Coluna do Estadão 
  2. «Página do deputado no Câmara.gov». Câmara dos Deputados. Consultado em 9 de julho de 2010 
  3. «STF determinou afastamento de Aécio Neves e Rocha Loures dos mandatos». Coluna do Estadão 
  4. «PGR PEDIU PRISÃO DE ROCHA LOURES». O Antagonista. 18 de maio de 2017. Consultado em 18 de maio de 2017 
  5. «Polícia Federal prende ex-deputado Rodrigo Rocha Loures em Brasília». G1 
  6. a b Dona da barrinha Nutry quer ampliar mercado com novas linhas, Revista Exame (Editora Abril), consultado em 21 de outubro de 2014 
  7. «Sítio institucional da Frente Parlamentar Ambientalista». Consultado em 8 de agosto de 2010 [ligação inativa]
  8. «Deputados participam de troca de experiências para fomento da produção de energia verde». Consultado em 31 de março de 2009 
  9. «Câmara aprova proposta de divisão igualitária de royalties do Pré-Sal». Estadão. Consultado em 10 de março de 2010 
  10. «Comissão da Câmara aprova novo CBA que prevê ampliação do capital estrangeiro no setor». Consultado em 23 de junho de 2010 
  11. «Rocha Loures será o vice de Osmar Dias na corrida pelo governo do Paraná». Consultado em 3 de julho de 2010 
  12. Rodrigo Rocha Loures Eleições 2014
  13. «Entenda as suspeitas contra o deputado paranaense Rodrigo Rocha Loures». G1 Paraná. globo.com. Consultado em 19 de maio de 2017 
  14. «Serraglio recusa Ministério da Transparência e tira foro de Rocha Loures». Coluna do Estadão. 30 de maio de 2017. Consultado em 31 de maio de 2017 
  15. «Nomeação de Torquato para Ministério da Justiça é publicada no 'Diário Oficial'». G1. 31 de maio de 2017. Consultado em 31 de maio de 2017. Publicação também oficializou demissão de Osmar Serraglio do Ministério da Justiça. 
  16. Ana Paula Andreolla. «PF apreende cerca de R$ 2 milhões em nova fase da Operação Lava Jato». G1. Globo.com 
  17. «Fachin manda afastar Aécio das funções de senador». Operação Lavajato - Política. G1. Consultado em 18 de maio de 2017 
  18. a b «Filmado recebendo mala de dinheiro, deputado Rocha Loures chega ao Brasil». G1 São Paulo. globo.com. Consultado em 19 de maio de 2017 
  19. «Rocha Loures devolve mala faltando R$ 35 mil da propina, aponta PF». Folha de S.Paulo 
  20. «Polícia Federal prende ex-deputado Rocha Loures». G1. Globo 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]