Andrea Dip

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Andrea Dip
Andrea Dip
Nacionalidade brasileira
Ocupação Jornalista
Prêmios Troféu Mulher Imprensa (2016), Concurso Tim Lopes de Jornalismo Investigativo (2014)
Página oficial
http://apublica.org/autor/andrea-dip/

Andrea Dip é uma jornalista brasileira. Trabalha como repórter especial na Agência Pública.[1] Foi listada entre os 3.000 jornalistas brasileiros mais premiados.[2]

Em 2014, uma pauta de sua autoria foi selecionada no Concurso Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, na categoria especial "Violência sexual contra crianças e adolescentes no contexto da Copa do Mundo de 2014"[3], o que lhe permitiu realizar a primeira história em quadrinhos jornalística apoiada por esse prêmio, "Meninas em jogo", publicada na Agência Pública, em 12 de maio de 2014.[4][5]

Foi considerada "mulher inspiradora" em 2013 e 2014, na área de comunicação e audiovisual, pelo projeto feminista Think Olga.[6][7] Em 2013, uma reportagem sua sobre violência obstétrica[8] recebeu o Prêmio Visibilidade, que reconhece o trabalho jornalístico que divulga o serviço social e as políticas sociais.[9]

Em 2016, Dip foi agraciada com o Troféu Mulher Imprensa, que homenageia as jornalistas brasileiras que mais se destacaram em determinado ano.[10]

Dentre as temáticas que aborda em sua atuação jornalística estão a violência contra as mulheres e as consequências do encarceramento em massa no Brasil.[11] Jornalista desde 2001, Dip trabalhou na revista Caros Amigos e já colaborou para Marie Claire e Trip, entre outras.[12] Sua narrativa caracteriza-se por enfatizar "o individualismo do drama pessoal", registrando "o sofrimento e drama diário do indivíduo".[13]

"Meninas em jogo"[editar | editar código-fonte]

A reportagem em quadrinhos "Meninas em jogo" foi composta por cinco capítulos, num total de oitenta páginas, e retratou denúncias de exploração sexual de meninas em Fortaleza e outras cidades cearenses, durante a Copa do Mundo de 2014.[14] Contou com a participação do quadrinista De Maio. Foi a primeira reportagem em quadrinhos publicada pela Agência Pública.[15] A apuração jornalística durou três meses.[14]

A pauta foi possível a partir do Concurso Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, que concedeu um apoio para a realização da pauta "Jogo sujo: Copa faz crescer ameaça de exploração sexual infantil",[16] que levou à produção da reportagem em quadrinhos.

Uma análise da reportagem destacou que esta "é cortada o tempo todo por dados de instituições oficiais e organizações sobre a prostituição e o tráfico de pessoas e observa-se também que não há presença de humor ou ironia, aproximando a narrativa, neste sentido, de uma reportagem tradicional".[14]

Em entrevista ao Knight Center, em 2014, Dip afirmou que a opção pelos quadrinhos lhe permitiu "ambientar e contextualizar sem expor as meninas, inovar no formato e na linguagem e trazer essa realidade para perto do leitor, porque ele acompanha o processo de apuração, entrevistas e até do encontro com a falta de dados e informações".[17]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • Troféu Mulher Imprensa, categoria “Repórter de site de notícias”, 2016[18]
  • Concurso Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, categoria especial "Violência sexual contra crianças e adolescentes no contexto da Copa do Mundo de 2014", 2014[16]
  • Prêmio Visibilidade, categoria "Reportagens", 2013[9]

Referências

  1. «Quem somos | Pública». apublica.org. Consultado em 3 de fevereiro de 2017 
  2. «Míriam Leitão e Eliane Brum são consideradas as jornalistas mais premiadas da história do Brasil». O Globo. 16 de janeiro de 2017 
  3. «ABRAJI :: Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo». www.abraji.org.br. Consultado em 3 de fevereiro de 2017 
  4. «HQ: Meninas em Jogo | Pública». apublica.org. Consultado em 3 de fevereiro de 2017 
  5. Faria, B.; Falco, A. «Reportagem investigativa em quadrinhos: o caso da Agência Pública» (PDF). II Seminário de Pesquisa em Jornalismo Investigativo 
  6. «As mulheres inspiradoras de 2013». Think Olga. 19 de dezembro de 2013. Consultado em 3 de fevereiro de 2017. Arquivado do original em 12 de setembro de 2017 
  7. «Mulheres Inspiradoras de 2014». Think Olga. 8 de dezembro de 2014. Consultado em 3 de fevereiro de 2017. Arquivado do original em 6 de julho de 2017 
  8. «Na hora de fazer não gritou | Pública». apublica.org. Consultado em 3 de fevereiro de 2017 
  9. a b «Cerimônia do VII Prêmio Visibilidade gratifica trabalhos de vídeos, experiências e reportagens | CRESS». www.cressrj.org.br. Consultado em 3 de fevereiro de 2017 
  10. «Repórter especial da Folha vence Troféu Mulher Imprensa - Novo em Folha». Novo em Folha - Folha de S.Paulo - Blogs. Consultado em 3 de fevereiro de 2017 
  11. «Andrea Dip | Pública». apublica.org. Consultado em 3 de fevereiro de 2017 
  12. «Entrevista com Andrea Dip que vai participar do Seminário Social Good Brasil falando sobre o novo Jornalismo». AcontecendoAqui. Consultado em 3 de fevereiro de 2017 
  13. Brêtas, P.; Vaz, P. «Observador em primeira pessoa: novas construções do discurso jornalístico» (PDF). Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 
  14. a b c Santos, Valim, Marta dos (4 de dezembro de 2014). «Jornalismo em quadrinhos: das origens às novas fronteiras» 
  15. «"Meninas em Jogo": uma reportagem investigativa em forma de quadrinhos - Mundo Itapema». itapemafm.clicrbs.com.br. Consultado em 3 de fevereiro de 2017 
  16. a b «Resultado do Concurso Tim Lopes, 7ª Edição – 2014» 
  17. «Agência Pública lança reportagem em quadrinhos com investigação sobre exploração sexual infantil na Copa». Knight Center for Journalism in the Americas. Consultado em 3 de fevereiro de 2017 
  18. «Troféu Mulher IMPRENSA». 7 de abril de 2001