Finanças
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Por Denyse Godoy e Lucas Hirata, Valor — São Paulo


Tendo operado no "modo cautela" durante a maior parte da primeira etapa do pregão desta terça-feira (04), a bolsa de valores brasileira chegou ao começo da tarde em terreno positivo, após o julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, vitoriosa na eleição presidencial de 2014, ter sido suspenso.

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou hoje o pedido de novas oitivas de testemunhas no processo e concedeu um prazo extra de cinco dias para as alegações finais da defesa de Rousseff. Ainda não foi marcada data para os novos depoimentos.

Como, em última análise, o processo pode levar à deposição de Temer, a postergação da decisão diminuiu a sensação de risco no mercado brasileiro, permitindo que os investidores se lançassem às compras de papéis que haviam caído muito recentemente, como os da mineradora Vale.

O Ibovespa ganhava 0,47%, a 65.518 pontos, às 13h31, depois de ter caído até 0,3% na mínima até o momento. A Vale ON tinha a maior alta do índice: 2,71%, enquanto a PNA se valorizava em 2,32% no horário. No time das maiores altas também estavam Bradespar PN (2,36%), Braskem PNA (2,32%) e Cielo ON (2,16%).

“Neste dia de agenda vazia, as atenções ficam todas voltadas a essa questão do julgamento”, diz Roberto Indech, analista-chefe da corretora Rico. “Mas não estamos preocupados com esse assunto, tudo indica que o desfecho será bastante postergado, como o próprio governo já esperava.”

O mercado também está aliviado com a fala de Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, em audiência no Senado hoje. Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definição do rumo da Selic, a falta de indicações diferentes faz as previsões de um corte de 1 ponto percentual da taxa Selic serem reforçadas.

Câmbio

O dólar reverte o avanço ante o real e inicia o período vespertino bem próximo da estabilidade. O clima no exterior segue de aversão ao risco, com desvalorização de algumas das principais moedas de emergentes e ligadas a commodities. No entanto, um dos principais fatores de alerta na cena doméstico já era atenuado.

“O mercado tem uma reação positiva ao adiamento [do julgamento no TSE] porque, sem essa pressão, acaba dando mais tempo para o andamento do ajuste fiscal”, diz um operador de uma corretora nacional. “E aparentemente, parece estar caminhando como o esperado, com poucos riscos de Temer perder o mandato agora”, afirma.

Às 13h35, o dólar comercial subia 0,08%, cotado a R$ 3,1162, tendo avançado até a máxima de R$ 3,1374 (+0,76%). Já o contrato futuro de dólar para maio tinha queda de 0,03%, a R$ 3,133, com pico em R$ 3,1550 (+0,67%).

Juros

Os principais pontos de alerta no mercado de renda fixa foram atenuados ao longo da manhã, aliviando a pressão de alta nos juros futuros, após a decisão do TSE.

As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) de prazos mais longos reverteram os avanços e passaram a mostrar viés de baixa. Os vencimentos mais curtos, por sua vez, se mantiveram em queda, sob influência da fraqueza na atividade industrial.

Por volta das 13h38, o DI janeiro de 2021 marcava 9,810%, ante 9,830% no ajuste anterior, após avançar até 9,890% mais cedo. O DI janeiro de 2023 exibia 10,030%, ante 10,060%, e o DI janeiro de 2025 mostrava 10,110%, ante 10,150%.

“O extensão no processo do TSE confirma o que esperado e contribui para atenuar a alta nos juros mais longo”, aponta Matheus Gallina, trader de renda fixa na Quantitas. “O julgamento é um evento de risco e, por isso, o mercado pode ter se posicionado de maneira mais defensiva. Com a confirmação, volta a se posicionar com pouco mais de risco nas carteiras”.

Na ponta mais curta, o DI para janeiro de 2018 recuava a 9,800%, ante 9,825% no ajuste anterior, e o DI janeiro 2019 caía a 9,450%, ante 9,480%. Estes eram os contratos mais negociados até o momento.

Contribuiu para o viés negativo nesses vencimentos a fraqueza da produção industrial de fevereiro, que avançou 0,1% ante janeiro, feito o ajuste sazonal. O resultado ficou abaixo da alta de 0,5% esperada por economistas consultados pelo Valor Data.

“Com produção industrial fraca, a tendência é de pouca inflação e espaço para corte de juros, ou seja, os DIs curtos podem cair mais rápidos”, aponta o operador Thiago Castellan Castro, da Renascença.

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