(Atualizada às 10h59) A Petrobras vai seguir perseguindo as metas de redução do seu endividamento “sem relaxar”, disse nesta terça-feira (4) Pedro Parente, presidente da estatal, na abertura de um evento do Bradesco em São Paulo.
A Petrobras já conseguiu reduzir a relação entre dívida líquida e resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 5,3 vezes ao fim de 2015 para 3,5 vezes ao fim de 2016, e tem como meta chegar a 2,5 vezes.
“Se as coisas continuarem assim, conseguiremos atingir um patamar até mesmo menor que 2,5 vezes”, disse, completando que a empresa “não vai relaxar em momento nenhum na execução do plano”.
Parente lembrou ainda que o custo da dívida da estatal estava subindo a níveis alarmantes. “Se não estivéssemos fazendo esse trabalho, com o plano para reduzir a alavancagem, essa conta poderia chegar à casa de US$ 15 bilhões, US$ 17 bilhões”, disse.
Em 2016, foram US$ 7,3 bilhões em custo da dívida.
Investimentos
Os investimentos previstos pela Petrobras em seu plano de negócios 2017-2021 são suficientes para o cumprimento das metas de produção, apesar de serem mais baixos que os planos anteriores, devido aos ganhos de produtividade que a companhia tem conseguido, disse Parente.
“O ‘capex’ [investimento em imobilizado] é suficiente por algumas razões. A primeira é, como mencionamos, tivemos um aumento de produtividade relevante, como a redução de tempo para completar um poço”, afirmou.
Segundo ele, a produtividade dos poços do pré-sal também aumentou, com redução também significativa do tempo de conclusão.
“Sabemos exatamente quais são os campos poços e equipamentos que precisamos para até 2021, para chegar a essa produção, está tudo absolutamente mapeado”, disse.