quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Roll for the Galaxy


Quando o Race for the Galaxy foi lançado em 2007, seu sucesso foi imediato, Tom Lehmann conseguiu colocar elementos muito interessantes em um card-game super inteligente e desafiador, mas pra mim com o lançamento do Dominion ele perdeu um pouco do seu brilho.

Acho que até por isso que o autor resolveu dar uma reinventada no seu projeto e criou, em 2014, o Roll for the Galaxy, para provar que ele tem um produto versátil e muito bom nas mãos.

A historinha por trás do jogo continua basicamente a mesma, os jogadores estão desbravando o universo desenvolvendo tecnologias, colonizando nos planetas, fazendo comércio entre mundos e por aí vai, só que dessa vez temos como principal elemento os dados.

No início, isso é praticamente tudo que você tem.

O jogo começa com cada jogador recebendo três dados de Origem (dados brancos básicos) direto no seu copinho e dois desses mesmos dados na área de cidadão do seu tabuleiro individual.

Além disso cada jogador recebe uma facção e um mundo de origem, além de colocar um desenvolvimento e um mundo novo na área de construção.

As rodadas funcionam da seguinte forma, os jogadores rolam no copinho os dados disponíveis e arrumam, atrás de um biombo, nas ações que desejam realizar.

Como no Race, cada jogador escolhe uma das ações, aloca os dados que deseja usar nela, mas também pode alocar dados em outras ações, esperando que algum outro jogador puxe uma ação diferente.

Conforme o jogo avança, você ganha novos
planetas e desenvolvimentos.

São cinco ações possíveis : Explorar, Desenvolver, Colonizar, Produzir e a fase de Nave onde em cada uma podemos ganhar dados, novas tecnologias, novos planetas e pontos.

Ao abrir o biombo, vemos quais dados serão usados, os que efetivamente fizeram alguma ação vão para a área de cidadãos do tabuleiro individual, e os qua não são usados voltam para o copinho.

Você pode estar achando que jogar dados torna tudo mais caótico e aleatório, mas não, o Tom Lehmann conseguiu trabalhar bem para mitigar a sorte, então você consegue planejar bem suas ações e se adaptar para conseguir fazer o que realmente quer, mesmo que não saia a face que você precisa.

E o seu pool de dados aumenta com dados
mais específicos para cada ação.

Uma coisa que me chamou atenção no Roll for the Galaxy em relação ao seu irmão de cartinhas é que apesar da iconografia ainda ser bem similar, ele parece ser mais intuitivo que seu antecessor e a jogabilidade mais fluida.

O jogo vai se desenvolvendo até que as fichas de ponto acabem ou se algum dos jogadores chegar a 12 tiles entre planetas e desenvolvimento, aí contam-se os pontos e quem tiver mais ganha.

Roll for the Galaxy tem o mesmo feeling, mas ele acaba brilhando mais pela jogabilidade, pelos componentes e como o amigo que jogou comigo disse bem, é o tipo de jogo que eu me vejo jogando partidas dele daqui a muitos anos.

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