BlackBerry resolve disputa de patentes após intervenção do Google

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 semanas
BlackBerry com tela curvada

A BlackBerry ainda investe em smartphones, mas após atingir 0% de participação de mercado, ela resolveu mudar de foco. Ela vem se envolvendo em disputas agressivas sobre patentes — tão agressivas, na verdade, que o Google precisou intervir.

No ano passado, a BlackBerry processou a Blu — fabricante de dispositivos baratos com Android — por supostamente usar 15 patentes em seus smartphones sem pagar royalties. Isso inclui transmissão de sinais, mensagens com horário, um sistema de desconexão de bateria, entre outros.

A ideia da BlackBerry é gerar receita com sua divisão de propriedade intelectual; ela tem cerca de 40 mil patentes. No ano passado, o CEO John Chen disse a investidores que estava em “modo de licenciamento”.

Mas essa estratégia, muito semelhante a trolls de patentes, acabou chamando a atenção do Google. A empresa questionou seis patentes da BlackBerry no USPTO, que cuida de propriedade intelectual nos EUA. O órgão disse que o Google tinha uma “probabilidade razoável” de ganhar a invalidação de quatro delas.

Então, a BlackBerry anunciou um acordo extrajudicial em troca de “pagamentos contínuos”, sem revelar valores nem mais detalhes. Segundo a IDC, a Blu — com sede em Miami — representa menos de 1% do mercado global de smartphones.

Mas a BlackBerry está de olho em outras empresas: ela acusou a Nokia de violar patentes envolvendo 3G e 4G em seus equipamentos de rede; e processou a empresa de telecomunicações Avaya, que entrou em recuperação judicial. Este ano, ela ganhou US$ 815 milhões da Qualcomm em uma decisão envolvendo royalties.

Com informações: VentureBeat, Reuters.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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