Kaspersky acusa Microsoft de utilizar táticas “sujas” para desfavorecer a concorrência e proteger o Windows Defender

Kaspersky acusa Microsoft de utilizar táticas “sujas” para desfavorecer a concorrência e proteger o Windows Defender

Não é de hoje que a Microsoft é acusada de monopolizar o mercado com o Windows e usar de certos artifícios para prejudicar a concorrência. A acusão mais recente e significativa é voltada contra a solução de segurança integrada do sistema, o Windows Defender. Eugene Kaspersky, criador da Kaspersky Lab, empresa de segurança muito conhecida pelo seu software de antivírus, desferiu em seu blog palavras duras em relação a como a gigante de Redmond desfavorece a concorrência para ajudar o seu produto.

Kasperksy fez uma analogia com dois personagens bíblicos, Davi e Golias, a Microsoft seria o Golias enquanto a concorrência seria o Davi. Isso porque na visão do executivo a atualização do Windows 10 desinstala e remove softwares de segurança sob a alegação de incompatibilidade com o sistema. Porém a companhia não deixa claro o motivo dessa incompatibilidade. Eugene também diz que softwares com licenças vencidas (que é muito comum nas versões trial dos softwares de segurança), também são deletados automaticamente

Outra tática adotada seria a “forçação de barra” para o uso do Windows Defender. Caso o usuário opte pela solução de segurança da Microsoft como padrão no computador, os demais softwares de segurança que estejam instalados, sejam elas gratuitas ou pagas, são desabilitados.

Essa briga não vai ficar somente no blá-blá-blá, a Kaspersky Lab apresentou queixas contra a Microsoft às autoridades Russas e da União Europeia. Inclusive o Rússia FAS, serviço antimonopólio Russo já iniciou uma investigação sobre o caso. A Kaspersky diz que no caso das soluções de segurança quando há um monopólio quem sai ganhando são os cibercriminosos, já que quando o mesmo software é instalado em muitos dispositivos o acesso dos ladrões virtuais se torna mais fácil quando há uma brecha no software.

Assim como a Microsoft utilizou diversas formas mirabolantes para “incentivar” a instalação do Windows 10 nos primeiros meses do sistema no mercado, é possível dizer que a companhia use sim a força do Windows para fechar o cerco contra a concorrência no mercado de soluções de segurança. Em setembro, Chriss Hallum, gerente sênior de produto do Windows Defender, disse durante a conferência Microsoft Ignite, que a Microsoft quer chegar em primeiro lugar na disputa das soluções de segurança, e com todo o poder que detém, não é de se espantar que tente jogar os usuários a seu favor e de suas opções.

Por outro lado a Kasperksy teve no ano passado uma acusação fortíssima, que envolve justamente essa questão da concorrência. A companhia russa teria desenvolvido um malware falso para prejudicar os seus concorrentes. O relato de dois ex-funcionários colhidos pela Reuters afirma que foi elaborado um plano contra algumas companhias, como Microsoft, AVG e Avast, para que arquivos benignos fossem dados como maliciosos, fazendo com que o os softwares de seus rivais tivessem um mau resultado na detecção de falsos positivos.  

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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