05/08/2016 11h37 - Atualizado em 05/08/2016 13h07

Advogada forma dupla e caça Pokémon de carro em Pouso Alegre

Para se manter em segurança, irmã foi no carona dando coordenadas.
Sobrinha de 3 anos já entrou na moda de capturar monstrinhos.

Daniela AyresDo G1 Sul de Minas

O primeiro dia de "Pokémon Go" foi movimentado em Pouso Alegre (MG). Com o desbloqueio do jogo de realidade aumentada na noite de quarta-feira (4), muita gente passou a quinta-feira (5) como Juliana Rigotti: caçando monstrinhos. No caso dela, até de carro e em dupla para encontrar novos pokestops, os pontos de coleta de Pokémon, pela cidade.

"Eu moro no Centro, então passei por vários pontos [de Pokémon] a pé, mas depois fui à casa da minha mãe, no bairro Esplanada, e também fui buscar roupa no bairro Árvore Grande [que são locais mais distantes] e acabei aproveitando [o uso do carro para descobrir novos pokestop] . Eu fui dirigindo e a minha irmã mais nova foi ao meu lado vendo o mapa do jogo [para garantir a segurança]", conta a advogada de 26 anos, que, no final, só obteve sucesso nos percursos que fez a pé.

Irmãs à caça de pokémons em Pouso Alegre, MG: jogo integrou família (Foto: Daniela Ayres/ G1)Irmãs à caça de Pokémon em Pouso Alegre, MG: jogo integrou família (Foto: Daniela Ayres/ G1)

Nostalgia e realidade aumentada
Mesmo não sendo exatamente uma fã de videogames, Juliana diz ter sido conquistada pelos pokémon, personagens de desenho animado que ela costumava ver na TV quando criança. "Esse é o primeiro jogo em que estou realmente interessada. Acredito que pela integração da nostalgia de um desenho que fez parte da minha infância com essa inovação tecnológica de realidade aumentada", avalia.

A franquia Pokémon foi criada em 1995 como um jogo de videogame em que humanos capturam e treinam criaturas ficcionais para lutarem entre si como um esporte. O jogo se expandiu para outros tipos de entretenimento, entre eles, uma série animada de televisão.

Em Pouso Alegre, entorno da Catedral Metropolitana é um dos principais pontos de encontro de jogadores de Pokémon Go (Foto: Daniela Ayres/ G1)Em Pouso Alegre, entorno da Catedral Metropolitana é um dos principais pontos de encontro de jogadores
(Foto: Daniela Ayres/ G1)

Caça se concentra no Centro de Pouso Alegre
Em um mapa não oficial que identifica na internet os locais de encontro dos jogadores, pelo menos 22 pontos estavam registrados em Pouso Alegre. Desses, 16 ficavam na área central. O mapa apontava as regiões no entorno da Praça João Pinheiro e da Catedral Metropolitana como os de maior concentração de Pokémon nesta quarta-feira.

No Centro, ainda era possível identificar a formação de dois ginásios, locais onde os monstrinhos batalham entre si para conquistar a liderança. Um deles está em uma galeria da Avenida Doutor Lisboa e é guardado por um "Execcutor", considerado um Pokémon com um potencial maior de ataque. O outro pode ser encontrado na Catedral Metropolitana, protegido por um grande Pokémon morcego, o Golbat.

Nas redes sociais, pelo menos três grupos abertos foram criados. No único fechado, pelo menos 111 pessoas já participavam na manhã desta sexta-feira (6) com o objetivo de trocarem dicas sobre o jogo.

Dos mais de 130 bichinhos disponíveis, Juliana já pegou 25 diferentes até a noite desta quinta-feira. Em 24h de "Pokémon Go", a advogada estima ter jogado pouco. Por volta das 22h, o aplicativo indicava que ela havia andado uma distância equivalente a 3,5 km. No entanto, deitada na cama na noite anterior, quando o aplicativo foi liberado, ela já havia pego seis bichinhos.

Beatriz, de 3 anos, e o momento em que captura um pokémon: jogo tem movimentado pessoas de diferentes faixas etárias em Pouso Alegre (Foto: Daniela Ayres/ G1)Beatriz, de 3 anos, e o momento em que captura um Pokémon: jogo tem movimentado pessoas de diferentes faixas etárias em Pouso Alegre (Foto: Daniela Ayres/ G1)

Interação fora do mundo virtual
Mas se o tempo dedicado ao novo passatempo é difícil de dimensionar, o impacto do jogo no contato com as pessoas foi logo percebido por Juliana. As duas irmãs e até a sobrinha de 3 anos se uniram a ela na missão de caçar monstrinhos.

Nas ruas, percepção não é diferente e até surpreendeu a advogada. "O que me chamou a atenção foi a integração dos jogadores", conta. "Apesar de a realidade virtual ser a principal atração, até caminhar na praça ficou mais gostoso, pois as pessoas sorriam umas para as outras, se cumprimentavam. Eu mesma conversei com três desconhecidos hoje em momentos diferentes. Achei um ponto bem positivo", disse.

Juliana Rigotti e a sobrinha Bia, de 3 anos: unidas na caça a pokémons em Pouso Alegre, MG (Foto: Daniela Ayres/G1)Juliana Rigotti e a sobrinha Bia, de 3 anos: unidas na caça a Pokémon em Pouso Alegre, MG
(Foto: Daniela Ayres/G1)
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