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Uber apresenta números negativos, mas acredita que notícias são boas

Por| 29 de Novembro de 2017 às 14h25

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Uber apresenta números negativos, mas acredita que notícias são boas
Uber apresenta números negativos, mas acredita que notícias são boas
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Mais uma vez, os números da Uber misturam registros no vermelho com boas notícias. De acordo com os resultados divulgados pela empresa, as perdas no terceiro trimestre de 2017 aumentaram, registrando US$ 1,46 bilhão e um aumento de 37% em relação aos números do final do segundo semestre, quando esse total era de US$ 1,06 bilhão.

Para compensar, entretanto, a companhia anunciou um aumento de 21% no faturamento, que foi de US$ 2,01 bilhões entre julho e setembro de 2017. Cresceu também o total a receber, seja por meio de dividendos, valores ainda não pagos por operadoras de cartões de crédito dos usuários e outros negócios, que foi de US$ 8,74 bilhões no período anterior para US$ 9,71 bilhões, um incremento de 11%.

O destaque nesses dois últimos dados é facilmente explicado, já que eles estão relacionados a métricas de utilização. A Uber não entrou em detalhes sobre números de usuários e corridas no período, mas um aumento no faturamento e também nos totais a serem recebidos são um sinal de que, no mínimo, os clientes estão utilizando mais o serviço de transportes em relação ao segundo trimestre deste ano.

As perdas também são facilmente explicáveis pelo fato de que, para todos os efeitos, a Uber ainda é uma empresa iniciante e, sendo assim, não recuperou o investimento inicial e corrente, colocado em sua expansão e atividades. Entretanto, o aumento do valor em vermelho chama a atenção, não como um sinal de problemas, mas pela reversão da melhoria contínua que vinha sendo apresentada a cada resultado.

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Como uma empresa ainda fechada, a Uber nem mesmo precisa realizar divulgações periódicas de resultados financeiros. Os recentes relatórios liberados para o mercado, na verdade, têm mais a ver com um dos principais movimentos recentes da companhia no mercado – a exemplo da entrada da megacorporação japonesa Softbank, que planeja comprar US$ 8 bilhões de ações da empresa de transportes em uma aliança forjada com outros nomes como Sequoia Capital, Tencent, TPG e Dragoneer.

De acordo com os termos da negociação, todos os acionistas que possuem mais de 10 mil cotas da companhia e recebam mais de US$ 200 mil por ano em dividendos podem realizar a venda de parte de seus papeis. A ideia da corporação é adquirir US$ 8 bilhões em ações, oferecendo US$ 32,96 por cada uma delas.

Caso tenha sucesso nessa empreitada, a Softbank já anunciou que vai colocar mais US$ 1 bilhão na Uber, levando o valor de mercado da companhia de transportes à casa dos US$ 69 bilhões. A ideia é que todo o processo seja concluído até fevereiro do ano que vem, apesar de informações internas indicarem um limite de quatro semanas para que o conglomerado japonês obtenha o total em ações desejadas, caso contrário, pode aumentar a oferta unitária ou abandonar a mesa de negociação.

É algo que a diretoria da Uber não deseja ver acontecendo, e que, mais uma vez, serve como explicação para a divulgação dos resultados. A ideia é mostrar um amadurecimento por meio do aumento no faturamento, além de passar a ideia de que o futuro da companhia é brilhante, só tendo a melhorar com a entrada de novos e gigantescos investidores.

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Fonte: Blomberg