Na visão do fundador do The Pirate Bay serviços como Netflix não “matam” a pirataria por uma questão ideológica

Com tanto conteúdo na distância de alguns cliques é quase impossível se manter “legal” na internet, todos já desfrutaram alguma vez de conteúdo pirata, principalmente com a popularização de sites de Torrent. A indústria sempre tentou coibir isso, e nos últimos anos o que parece estar surtindo efeito são os serviços de streaming, que alugam conteúdo original, respeitando os direitos autorais, por uma mensalidade. Netflix e Spotify são expoentes dessa modalidade de serviço, e queridinhos dos usuários.

Mas será que realmente coíbem a pirataria? Na opinião do Peter Sunde, fundador do The Pirate Bay, esses serviços nunca poderão ser colocados como uma solução para a pirataria, tudo por uma questão ideológica. Sites como o The Pirate Bay são representantes de uma contracultura, um lado oposto aos engravatados das corporações.

Peter Sunde

Sunde em entrevista ao Torrent Freak disse que se sente surpreso como as pessoas sejam tão míopes, já que a solução para o compartilhamento de arquivos jamais foi centraliza-lo nas mãos de punhado de entidades, essa sempre foi a briga de sites como o The Pirate Bay.

Tudo passa por uma questão ideológica. Sunde aponta que as mesmas empresas que o The Pirate Bay enfrentou em processos legais. “São donas dessas plataformas. Ou são acionistas ou têm acordos que as impedem de não seguir suas regras.”

Mas então qual a solução para a pirataria? No ponto de vista de Sunde é redefinir o conceito de pirataria, tornar as coisas disponíveis para todos, sem que isso seja visto como um crime (visão bem utópica, não?). O fundador do The Pirate Bay diz que a pirataria deve sim ir perdendo força com o tempo, mas não por causa de serviços como Netflix e Spotify, e sim pelo fim da neutralidade da rede e ataques contra liberdades individuais.

Você concorda com o fundador do The Pirate Bay? Escreva abaixo sua opinião.