Junkrat utiliza explosivos e armadinhas para neutralizar inimigos em 'Overwatch', da Blizzard (Foto: Divulgação/Blizzard)Durante os oito dias em que esteve aberto para o público geral no começo de maio, “Overwatch” foi jogado por cerca de 9,7 milhões de pessoas. No entanto, mesmo considerando aqueles que experimentaram o novo game da Blizzard durante seus quase seis meses de testes fechados, é possível dizer ainda que muita gente pode estar apenas começando no game, lançado no Brasil na última segunda-feira (23) e no resto do mundo nesta terça-feira (24).
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Fui um daqueles que tiveram seu primeiro contato com “Overwatch” ainda em outubro de 2015, e passei os meses seguintes me aventurando nas partidas entre dois times de seis jogadores do jogo de tiro em primeira pessoa. Como ainda está um pouco cedo para julgar o rendimento do jogo para o grande público -- estabilidade de servidores, equilíbrio entre equipes, personagens desbalanceados -- a resenha só deve em alguns dias.
Com 21 heróis com poderes únicos e diferentes, 12 mapas e quatro modos de jogo diferentes, pode ser um desafiante para os novatos. Pensando em todos aqueles que enfrentam agora suas primeiras partidas na única franquia original da Blizzard em 17 anos, abaixo está uma lista com alguns atalhos que percebi ao longo dos meses.
Isso não é nem de longe um guia definitivo, mas conselhos de alguém que já bateu bastante cabeça nas disputas do game.
Lúcio é é um ótimo personagem para os iniciantes (Foto: Reprodução/Blizzard)Lúcio
O DJ brasileiro é uma boa escolha para os jogadores iniciantes. Sei que a maioria quer é partir pro ataque, então o personagem de suporte, cuja função primária é curar o time, pode ser negligenciado. Mas você deveria dar uma chance a Lúcio.
Primeiro porque ele pode ou aumentar a velocidade dos colegas à sua volta ou curá-los passivamente (um de seus poderes permite fazer a escolha entre estas opções, e o outro melhor temporariamente ainda mais sua habilidade). Ou seja, ele cumpre sua função apenas por estar ali -- você só precisa se concentrar em estar sempre próximo àqueles que precisam de cura.
Enquanto isso, o jogador ainda pode se beneficiar de sua arma, que dispara tiros sônicos com longo alcance e que atingem uma boa área, o que diminui a necessidade de precisão na mira.
Tracer tem sido tratada como a mascote do jogo (Foto: Divulgação)Equilíbrio
“Overwatch” exige muito jogo em equipe. Dificilmente apenas um jogador consegue desequilibrar completamente a partida. Por isso, é muito importante comunicação.
Antes disso, no entanto, também é vital que seu time tenha personagens variados que cubram todas as funções necessárias, como aqueles que causam dano, os que curam (suporte) e os que protegem os demais (tank).
Pode parecer uma orientação tola, mas você ficaria surpreso o número de vezes em que tive de implorar para alguém escolher uma das funções menos atraentes. Por isso também é uma boa ideia explorar esses personagens que ninguém quer. Não é preciso jogar sempre com eles, mas eles podem salvar um time em apuros.
Brasileiro Lucio é herói de suporte em 'Overwatch', da Blizzard (Foto: Divulgação/Blizzard)Especialidades
Com uma dúzia de mapas diferentes, é óbvio que o jogador que conhecê-los tem uma vantagem. No entanto, mais do que isso, é importante saber quais heróis são os mais indicados para cada um, ou para seu objetivo.
Um Torbjorn, por exemplo, terá muitos problemas em atacar e conquistar um objetivo, já que baseia suas habilidades na construção de uma torre de artilharia. Por outro lado, ele é perfeito para defender um local. Outros heróis tem habilidades que jogam os adversários longe ao impacto, e são ideais para mapas com abismos ou buracos.
D.Va, Genji e Mei foram os últimos personagens apresentados; novos virão (Foto: Divulgação)Observação
Outra dica previsível é falar que é preciso conhecer os heróis. Com 21 personagens diferentes, com no mínimo três poderes cada, isso pode levar um longo tempo.
Não se você prestar bastante atenção durante as partidas. No meio do combate, é possível ver como eles são utilizados, o que funciona e o que é melhor evitar. Preste atenção principalmente naqueles que parecem ter mais experiência com o personagem, já que eles podem entregar preciosos combos para serem testados pessoalmente mais tarde.
Este foi um dos motivos pelo qual recomendei Lúcio lá em cima. Com seu poder passivo, pude aprender bastante enquanto observava os demais jogadores ao meu redor. E como ele está sempre se curando, diminui suas chances de morrer e aumenta sua participação na partida.
Cena do jogo 'Overwatch', apresentado pela Blizzard durante a conferência BlizzCon 2014. (Foto: Divulgação/Blizzard)Paciência
Por último, mas não menos importante, paciência é fundamental, gafanhoto. Um dos desenvolvedores do game, Paul Lackey, me lembrou recentemente da importância de saber esperar e não sair correndo como um louco para a batalha.
Poucos personagens têm o poder para enfrentar um time inteiro sozinho, então é necessário aguardar que membros suficientes da sua equipe estejam juntos para tentar uma nova investida após morrer. Sozinho contra diversos adversários sua tentativa provavelmente será curta.
