04/06/2014 00h01 - Atualizado em 04/06/2014 00h01

Google traz ao Brasil aparelho que leva conteúdo de apps e de PCs à TV

Chromecast chega às lojas por R$ 200; nos EUA, o preço é de R$ 80.
Do tamanho de um pen-drive, aparelho faz TVs normais virarem 'smart'.

Helton Simões GomesDo G1, em São Paulo

Chromecast leva para a tela da TV o conteúdo de aplicativos e de PCs. (Foto: Helton Simões Gomes/G1)Chromecast leva para a tela da TV o conteúdo de aplicativos e de PCs. (Foto: Helton Simões Gomes/G1)

O Google passa a vender a partir desta quinta-feira (4) no Brasil um aparelho do tamanho de um pen-drive que transmite às TVs o conteúdo de aplicativos instalados em celulares ou tablets, além de mostrar o que está na tela de computadores e notebooks.

Com o Chromecast, o Google quer um espaço na sala de estar das pessoas. Na briga, estão o Xbox (Microsoft), Apple TV (Apple), PlayStation (Sony). A atenção dessas gigantes da tecnologia ocorre porque a TV é o aparelho que mais possui usuários em todo o mundo, a despeito do avanço dos celulares inteligentes e dos tablets. Segundo a consultoria KPCB, são 5,5 bilhões de usuários, à frente dos smartphones (1,6 bilhão), dos notebooks (790 milhões), dos desktops (743 milhões) e dos tablets (439 milhões).

Mais simples que seus rivais, o Chromecast transforma TVs em aparelhos conectados. Ainda assim, o Google diz que não deve competir com as TVs inteligentes, mas oferecer um dispositivo complementar a elas.

Na TV
O Chromecast deve ser conectado à entrada HDMI das TVs e ser configurado com um aplicativo, disponível por enquanto para iOS e Android. Feito isso, é possível exibir na TV o conteúdo dos aplicativos para smartphone ou do tablet que forem compatíveis –no alto da tela, um ícone similar a uma TV indica aqueles que possuem suporte. Já é possível fazer essa transmissão, por exemplo, com os apps do Netflix, YouTube e Rdio. Celulares e tablets passam a funcionar como controle remoto: aumentam o volume e escolhem outros vídeos.

Para os computadores, o Chromecast funciona como um espelho: mostra o que estiver sendo exibido no Chrome. Como basta ter o navegador instalado, o dispositivo é compatível com os sistemas Windows (a partir do 7), Mac OS (a partir do 10.7) e Chrome OS. Antes, é preciso instalar uma extensão no browser.

Chromecast leva para a tela da TV o conteúdo de aplicativos e de PCs. (Foto: Helton Simões Gomes/G1)Chromecast leva para a tela da TV o conteúdo de
aplicativos e de PCs. (Foto: Helton Simões
Gomes/G1)

Enquanto ocorre a transmissão, os usuários podem mexer em outros aplicativos presentes no celular ou tablet sem que isso comprometa a execução do filme ou da música na TV. Nos computadores, apenas o conteúdo de uma aba selecionada irá para a TV, o que permite que outros programas e sites sejam acessados normalmente.

O Chromecast será vendido pelos sites Ponto Frio, Extra e Casas Bahia por R$ 200. O preço é duas vezes e meia mais caro do que o cobrado nos Estados Unidos, onde o dispositivo sai por US$ 35, o equivalente a R$ 80. Segundo a empresa, a diferença ocorre porque o aparelho é importado.

Aplicativos
Nem todos os aplicativos hospedados nas lojas de Google e Apple possuem suporte ao Chromecast. Isso ocorre porque a criação ou adaptação dos aplicativos para o Cast começou em fevereiro deste ano, quando o kit de desenvolvedores foi liberado. O ciclo de criação de um app adaptado ao aparelho leva, em média, três meses, diz a companhia. Para o lançamento, o Google vai mostrar uma seleção dos apps compatíveis. O primeiro app brasileiro da lista deve ser o da Galinha Pintadinha, segundo o Google.

Agora, o Google quer que os desenvolvedores pensem também nas TVs quando criarem apps para smartphones e tablets. “Assim como criamos o ecossistema do Android, queremos construir um ecossistema para o ‘Cast’”, diz o gerente de parcerias do Google, Newton Neto. Por enquanto, são 3 mil desenvolvedores.

Chromecast leva para a tela da TV o conteúdo de aplicativos e de PCs. (Foto: Helton Simões Gomes/G1)Chromecast leva para a tela da TV o conteúdo de aplicativos e de PCs. (Foto: Helton Simões Gomes/G1)

 

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