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Risco da exposição de bancos e seguradoras ao imobiliário

A exposição dos bancos e seguradoras ao setor imobiliário é um dos riscos para a estabilidade financeira identificado pelo Banco de Portugal (BdP), que admite uma nova queda dos preços com impacto nos balanços das instituições financeiras.

Risco da exposição de bancos e seguradoras ao imobiliário
Notícias ao Minuto

16:47 - 12/11/14 por Lusa

Economia Supervisor

"Apesar dos sinais de recuperação no mercado imobiliário e da evidência que aponta para o alinhamento dos preços dos ativos imobiliários residenciais com alguns determinantes fundamentais, não será de excluir uma possível diminuição dos preços", lê-se no Relatório de Estabilidade Financeira de novembro que foi hoje divulgado pelo supervisor bancário.

Tal poderá ocorrer num contexto de uma "situação económica e financeira mais adversa", o que provocaria um "impacto sobre o balanço das instituições", sublinhou o BdP.

Em causa estão, além do crédito concedido ao setor da construção e das atividades imobiliárias, a utilização dos imóveis enquanto colateral em operações de crédito por parte dos bancos e a detenção direta de imóveis ou de participações em fundos de investimento.

Outro dos riscos para a estabilidade financeira passa pela "conduta" das instituições financeiras que, vincou o supervisor, "não pode colocar em causa a confiança no sistema".

A entidade liderada por Carlos Costa realçou a "particular importância da criação de um quadro de incentivos e da definição de matrizes organizacionais e de atuação, internas e externas às instituições financeiras, que favoreçam o alinhamento dos interesses individuais com os coletivos".

E acrescentou: "A preservação da confiança é um pilar essencial da estabilidade financeira".

Já a reversão de comportamentos de procura de rendibilidade a nível internacional constitui, atualmente, um dos principais riscos para a estabilidade financeira, sublinhou o BdP.

Segundo o supervisor, "as baixas taxas de juro (associadas a ativos de baixo risco) têm favorecido a procura de alternativas de investimento que proporcionem aos investidores rendibilidades mais elevadas, ainda que associadas a um maior risco".

Ora, "esta procura por rendibilidade tem conduzido a uma diminuição generalizada dos prémios de risco, visível também nos países sob pressão da área do euro", assinalou.

Depois, aos fatores de risco de âmbito internacional "poderão acrescer fatores idiossincráticos da economia portuguesa", alertou o BdP.

Entre eles, conta-se a reavaliação do valor relativo dos ativos da área do euro, em comparação com os dos mercados emergentes, devido à incerteza quanto à recuperação económica na zona euro.

Mas também o aumento repentino da aversão ao risco devido a tensões geopolíticas e os desenvolvimentos económicos e financeiros nos países sob pressão do euro, apesar dos efeitos positivos associados à criação da União Bancária, destacados pelo supervisor.

Há ainda o risco de haver uma "possível dissonância entre as expectativas do mercado e as indicações dos bancos centrais", sublinhou, ao mesmo tempo que, a nível doméstico, o BdP apontou para a possibilidade de se verificar uma evolução económica mais desfavorável do que a antecipada nos atuais cenários de previsão.

"Em termos gerais, o aprofundamento do processo de ajustamento dos vários setores da economia é fundamental para manter a credibilidade externa do país e limitar a subida do custo de financiamento dos vários setores da economia", concluiu.

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