16/06/2016 08h00 - Atualizado em 21/06/2016 15h49

'Dead Rising 4' tem pouca novidade e aposta em carisma de herói; G1 jogou

Game de zumbis traz de volta Frank West, protagonista do primeiro jogo.
'Dead Rising 4' se passa no Natal e sai em dezembro para Xbox One e PCs.

Bruno AraujoDo G1, em Los Angeles (EUA) – o jornalista viajou a convite da Microsoft

'Dead Rising 4' traz de volta Frank West, herói do primeiro jogo da série de zumbis (Foto: Divulgação/Capcom)'Dead Rising 4' traz de volta Frank West, herói do primeiro jogo da série de zumbis (Foto: Divulgação/Capcom)

O game de zumbis "Dead Rising", que há 3 anos teve papel de protagonista e foi um dos jogos de lançamento do Xbox One, ganhou um quarto capítulo durante a E3 2016 como se fosse apenas mais um morto-vivo. "Dead Rising 4" chegou a vazar antes da hora, mas na conferência da Microsoft passou pelo telão do evento em tempo recorde e sem absolutamente nenhum alarde. E até dá para entender. Assista ao trailer aqui.

 

O G1 testou o game na E3 e ele traz poucas novidades à formula de matar zumbis usando os métodos mais absurdos e cômicos possíveis. Ao que parece, a Capcom está apostando na volta do carismático jornalista Frank West, herói do primeiro "Dead Rising", para justificar o novo jogo. Bom... ele cobriu guerras, não é mesmo?

Natal dos mortos-vivos
"Dead Rising 4" se passa durante o Natal no cenário do game de estreia, a cidade de Willamette, no Colorado (EUA), 16 anos depois da história original. E após um novo surto de zumbis, Frank West vai até o local para investigar e impedir a infestação.

Praticamente falando, a demo de "Dead Rising 4" mostra apenas duas novas coisas. A primeira são as exoarmaduras, uma roupa especial que dá um tipo de superforça. Com ela, Frank fica praticamente invencível e consegue despedaçar hordas de zumbis sem esforço. É bem divertido.

A segunda é a separação das armas em três categorias, cada qual com um botão exclusivo no controle. Para disparar as armas de fogo você aperta o gatilho direito. Já as granadas e itens arremessáveis ficam no botão de ombro esquerdo, enquanto as espadas, machados e outros itens de contato são usados pressionando o botão X.

Exoarmadura é uma das novidades de 'Dead Rising 4' (Foto: Divulgação)Exoarmadura é uma das novidades de 'Dead Rising 4' (Foto: Divulgação)

Essa nova configuração agiliza o acesso aos vários tipos de armas diferentes e acaba com a chatice que é ficar procurando e trocando de itens pelos menus do jogo. Também por isso, os combates ficam ainda mais cáoticos, já que agora é possível usar três equipamentos distintos quase que ao mesmo tempo, ao toque de um botão – antes, o gatilho direito era necessário para ativar todas as armas.

Passado esse tipo de inovação óbvia, que beira o obrigatório, "Dead Rising 4" se parece demais com o terceiro jogo. Dos cenários de Willamette – que na demo eram apenas algumas ruas bem comuns – aos golpes especiais e até às próprias armas diferentonas, que você constrói, a sensação de familiaridade é muito grande. É como se já tivéssemos jogado isso antes, mas não com aquele gostinho de quero mais.

A principal graça dos primeiros "Dead Rising" era se planejar para ter tempo de fazer todas as missões que surgiam e, é claro, resgatar todos os sobreviventes. Você ia conhecendo as rotas mais seguras, os melhores lugares para itens de cura e descobrindo algo novo a cada ronda pelo shopping de Willamette ou pelos cassinos de Fortune City. O bom humor, os personagens excêntricos e as referências a filmes de zumbis vinham por cima disso e casavam muito bem.

Frank West retorna em 'Dead Rising 4' e mais uma vez precisa encarar hordas de zumbis (Foto: Divulgação)Frank West retorna em 'Dead Rising 4' e mais uma vez precisa encarar hordas de zumbis (Foto: Divulgação)

Mas quando o terceiro jogo deslocou o foco da série para a pura e simples matança de milhares de mortos-vivos – das formas mais bizarras e divertidas possíveis, sem dúvidas – "Dead Rising" perdeu um pouco do que o fazia único e passou a navegar muito perto do abismo da repetição.

As chances do cenário natalino de "Dead Rising 4" criar bons psicopatas, que são os chefões do game, são enormes. E a volta de Frank West pode dar aquela injeção de ânimo que a série perdeu (e muito) em "Dead Rising 3", que tinha protagonista, roteiro e cenário insossos.

A preocupação é que nem a experiência de West seja suficiente. Daí não tem Guerra do Vietnã ou do Iraque que consigam resolver. "Dead Rising 4" será lançado em dezembro para Xbox One e PCs.

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