Jump to ratings and reviews
Rate this book

O Mínimo que Você Precisa Saber Para Não Ser um Idiota

Rate this book
Escritos entre 1997 e 2013 e publicados em diferentes jornais e revistas do país, os 193 textos aqui selecionados esmiúçam os fatos do cotidiano – as notícias, o que nelas fica subentendido, ou que delas passa omitido – para afinal destrinchar, sem dó, a mentalidade brasileira e sua progressiva inclinação pelo torpor e pela incompreensão. Há tempos a obra jornalística de Olavo de Carvalho merecia uma leitura reunida como esta.

616 pages, Paperback

First published August 20, 2013

Loading interface...
Loading interface...

About the author

Olavo de Carvalho

110 books289 followers
Olavo de Carvalho, nascido em Campinas, Estado de São Paulo, em 29 de abril de 1947, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros. Homens de orientações intelectuais tão diferentes quanto Jorge Amado, Arnaldo Jabor, Ciro Gomes, Roberto Campos, J. O. de Meira Penna, Bruno Tolentino, Herberto Sales, Josué Montello e o ex-presidente da República José Sarney já expressaram sua admiração pela sua pessoa e pelo seu trabalho.

A tônica de sua obra é a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia "científica". Para Olavo de Carvalho, existe um vínculo indissolúvel entre a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual, vínculo este que se perde de vista quando o critério de validade do saber é reduzido a um formulário impessoal e uniforme para uso da classe acadêmica. Acreditando que o mais sólido abrigo da consciência individual contra a alienação e a coisificação se encontra nas antigas tradições espirituais — taoísmo, judaísmo, cristianismo, islamismo —, Olavo de Carvalho procura dar uma nova interpretação aos símbolos e ritos dessas tradições, fazendo deles as matrizes de uma estratégia filosófica e científica para a resolução de problemas da cultura atual. Um exemplo dessa estratégia é seu breve ensaio Os Gêneros Literários: Seus Fundamentos Metafísicos, onde se utiliza do simbolismo dos tempos verbais nas línguas sacras (árabe, hebraico, sânscrito e grego) para refundamentar as distinções entre os gêneros literários. Outro exemplo é sua reinterpretação dos escritos lógicos de Aristóteles, onde descobre, entre a Poética, a Retórica, a Dialética e a Lógica, princípios comuns que subentendem uma ciência unificada do discurso na qual se encontram respostas a muitas questões atualíssimas de interdisciplinariedade (Uma Filosofia Aristotélica da Cultura — Introdução à Teoria dos Quatro Discursos). Na mesma linha está o ensaio Símbolos e Mitos no Filme "O Silêncio dos Inocentes" ("análise fascinante e — ouso dizer — definitiva", segundo afirma no prefácio o prof. José Carlos Monteiro, da Escola de Cinema da Universidade Federal do Rio de Janeiro) que aplica a uma disciplina tão moderna como a crítica de cinema os critérios da antiga hermenêutica simbólica. Sua obra publicada até o momento culmina em O Jardim das Aflições (1995), onde alguns símbolos primordiais como o Leviatã e o Beemoth bíblicos, a cruz, o khien e o khouen da tradição chinesa, etc., servem de moldes estruturais para uma filosofia da História, que, partindo de um evento aparentemente menor e tomando-o como ocasião para mostrar os elos entre o pequeno e o grande, vai se alargando em giros concêntricos até abarcar o horizonte inteiro da cultura Ocidental. A sutileza da construção faz de O Jardim das Aflições também uma obra de arte.

É grande a dificuldade de transpor para outra língua os textos de Olavo de Carvalho, onde a profundidade dos temas, a lógica implacável das demonstrações e a amplitude das referências culturais se aliam a um estilo dos mais singulares, que introduz na ensaística erudita o uso da linguagem popular — incluindo muitos jogos de palavras do dia-a-dia brasileiro, de grande comicidade, praticamente intraduzíveis, bem como súbitas mudanças de tom onde as expressões do sermo vulgaris, entremeadas à linguagem filosófica mais técnica e rigorosa, adquirem conotações imprevistas e de uma profundidade surpreendente.

A obra de Olavo de Carvalho tem ainda uma vertente polêmica, onde, com eloqüência contundente e temível senso de humor, ele põe a nu os falsos prestígios acadêmicos e as falácias do discurso intelectual vigente. Seu livro O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras (1996) granjeou para ele bom número de desafetos nos meios letrados, mas também uma multid

Ratings & Reviews

What do you think?
Rate this book

Friends & Following

Create a free account to discover what your friends think of this book!

Community Reviews

5 stars
517 (53%)
4 stars
215 (22%)
3 stars
105 (10%)
2 stars
39 (4%)
1 star
86 (8%)
Displaying 1 - 30 of 84 reviews
Profile Image for Thiago Hallak.
3 reviews4 followers
December 13, 2022
Homofóbico prepotente que crê na capacidade de analisar uma sociedade da qual não faz parte, e em tantos aspectos. Discute filosofia da ciência sem nunca ter realizado um pouco dela* (sendo este livro um grande exemplo: 600 páginas, 0 ciência); trata homossexualidade como ideologia; defende-se na questão de aborto e em discussões religiosas colocando estes elementos tão ricos para discussão em patamares simplistas (isto é, como se fossem assuntos óbvios, mas a verdade é que, de forma geral, as pessoas discordamos tanto acerca destes assuntos); simplesmente nega que o capitalismo somado ao liberalismo econômico gera desigualdades socioeconômicas; etc.

Em muitos capítulos, Olavo realmente apresenta uma boa retórica, e desta forma arma um escudo que protege o pensamento conservador.
MAS, muito do carácter de Olavo se manifesta no texto, e este livro torna-se uma real aberração, evidencianda por um capítulo que se intitula "gayzismo" (absurdo).
Por fim, acho de extrema prepotência chamar isto de um livro de filosofia. É um livro de opiniões e preconceitos.

Olavo de Carvalho, você é a aberração que surgiu na ausência de algum sensato pensador de direita no Brasil. Pessoa mais estúpida com a qual eu dediquei meu tempo. Espero que você pare de escrever e assim pare de fuder com a cabeça da galera. E pare de fugir nos States também hahahahaha


* Editado: dentro de um debate acadêmico aceitável, i.e. daquilo que o próprio escritor foge (ele mora na Virginia por ter sido boicotado pela academia).
A propósito, tendo boa formação em física e astronomia, acho quase tudo o que Olavo fala acerca dessas áreas simplesmente hilário, sobretudo em seus vídeos no youtube, mais espontâneos. Graças a pessoas como ele serem tão influentes que vivemos uma época de descrença no que há de mais sólido na ciência. O modelo cosmológico atual explica praticamente toda a mecânica celeste dos planetas e estrelas, explica até a mecânica de corpos supermassivos. Alguns estudam décadas para medir ondas gravitacionais enquanto pessoas que nunca sequer ouviram falar do pêndulo de Foucault dizem que a terra é plana.
3 reviews
September 24, 2013
Livro muito bom. De fato é uma leitura obrigatória. Mesmo com uma discordância em alguns pontos, o esmagador peso do conteúdo do autor me convenceu de pelo menos uma questão que tive de mudar de opinião em favor da sua.

A capacidade de análise de Olavo de Carvalho é anos luz a frente das alternativas no nosso pobre país, assim como sua coleção de previsões acertadas.

Inicialmente pela discordância de algumas questões pensei em dar 3 estrelas para o livro, mas conforme progredi na leitura fui subindo para 4 e depois para um 4,5. Uma pena não poder dar essa nota.

Ao ler esse livro tive a rara experiência de ser convidado a um processo de dialética interna que resultou em reavaliação de posicionamento em favor do autor. Ao contrário da maioria dos livros atuais que proporcionam o fenômeno inverso.

Quanto a discordância de ideias. Uma delas é que sou um ateu. Olavo de Carvalho é católico. Mas o que custou a quinta estrela não foi esse ponto. Eu acredito no livre mercado. Olavo é um conservador. No artigo que ele compara as duas posições não vi a minha devidamente descrita ou representada no seu texto.
Profile Image for Bruno.
112 reviews15 followers
October 11, 2023
Certa vez, perguntaram a uma filósofa como seus pares resolviam dilemas éticos quando as escolas filosóficas utilitaristas, deontológicas e da ética das virtudes entravam em conflito, pois lhe parecia que não havia uma resposta para certos dilemas morais. A filósofa respondeu: "com uma luta de alabardas numa arena".

A filosofia, depois de mais de dois milênios, não concorda sobre o que é certo e errado ou como ser um sábio, o que quer que isso signifique. Mas um homem acredita ter solucionado o problema. Este homem se chama Olavo de Carvalho. Católico e conservador, não acredita nessa de "o mapa não é o território". Para ele, as regras do jogo são perfeitamente claras, estabelecidas por um princípio ordenador universal. Para acessá-las, basta estudar os pensadores certos.

pensadores certos: uma lista seleta de pensadores que não contestam o pensamento aristotélico (e na qual Friedrich Nietzsche, Karl Marx e Bertrand Russell não estão e jamais estarão). Há também ressalvas especiais a Isaac Newton e Galileu Galilei. E, por tudo que é mais sagrado, fique longe dos ateus.


Na dimensão da moralidade, Olavo afirma que a culpa sincera é somente aquela que parte de dentro, não a que emerge pelo medo do julgamento externo. Ao mesmo tempo, defende que a verdadeira culpa só é sentida por quem teve uma educação religiosa cristã, pois este indivíduo teme seu destino metafísico. Apesar da incongruência do Olavo nessas questões, vale ressaltar que se uma pessoa é ética apenas porque tem medo de ir para o inferno, então ou ela não amadureceu ainda, ou é um sociopata. Ou é o Olavo.

Mas Olavo, astrólogo e estudioso do que verdadeiramente edifica o ser humano segundo ele mesmo, reconhece que a sabedoria é um privilégio para poucos e se deve penar muito para alcançá-la — sobretudo os brasileiros, esse povo que, para ele, têm em suas raízes a indisposição ao aprendizado; talvez os paranaenses, que são diferentes (sic), tenham mais facilidade.

Por falar nisso, a síndrome de vira-latas de Olavo é algo que desviou minha atenção várias vezes durante a leitura. O escritor tem certeza que o Brasil todo, salve o estado do Paraná, não passa de uma terra colonizada por portugueses malandros e hoje governada secretamente por acadêmicos marxistas.
E nada que preste pode sair daqui: um argumento levantado por ele é que em quinhentos anos o Brasil não produziu nada intelectualmente original nem útil (aquele soviético do Paulo Freire não conta, eu acho). As razões para essa escassez? Pura preguiça, é claro! Pois para Olavo, é totalmente justo comparar o número de filósofos da Grã-Bretanha, Império Austro-húngaro e Escandinávia do século XIX, populações centenárias e livres, com o número de filósofos num Brasil ex-colônia e subdesenvolvido cujo índice de analfabetos entre a população não-escrava era menor que 20%, de acordo com o censo de 1870.

Mas voltando ao assunto sobre ser sábio.

De acordo com o escritor libanês Nassim Nicholas Taleb, ser sábio é difícil, mas não ser um idiota é um pouco mais fácil. E a ferramenta para isto existe, graças ao Deus cristão e ao Felipe Moura Brasil, redator no blog "O Antagonista". Felipe organizou uma série de ensaios do Olavo, dando origem a este livro. Nele são trazidos à tona alguns "fatos" que todos os cidadãos deveriam internalizar para também serem não-idiotas — "fatos" como:

• Movimentos totalitários, como nazismo e radicalismo islâmico resultam do culto à juventude (sim, você leu bem);
• Os governos petistas foram ditaduras disfarçadas;
• Estudos que dizem que o tabagismo faz mal à saúde são uma farsa;
• A Santa Inquisição foi uma farsa;
• O aquecimento global é uma farsa;
• O Evolucionismo é uma farsa;
• Os acadêmicos elitistas são uma farsa (e querem que você acredite que não existe imparcialidade);
• E tudo isso é um grande plano comunista de dominação mundial.

Você deve estar se perguntando por que escrevi "fatos" entre aspas. Acontece que alegações extraordinárias exigem evidências extraordinárias, ou no mínimo induções lógicas que defendam essas alegações extraordinárias — só que quem disse isso, o astrofísico e escritor Carl Sagan, deve ser um gauche caviar maconheiro que não entende nada de nada e só está nessa para afastar a humanidade dos valores da religião stricto sensu e da família tradicional, e aproximá-la às duas únicas religiões com que os esquerdistas se importam: maconha e cu (sic).

Mas farei o papel de advogado do diabo: os textos que compõem este livro são op-eds que Olavo escreveu para jornais e revistas ao longo de sua carreira. O papel de um colunista não é o de defender uma tese com rigores epistemológicos, mas entreter os leitores com opiniões cáusticas que combinam com cerveja e amendoim japonês. De novo: são opiniões publicadas e não apanhados filosóficos. No momento em que se transfere esses textos para um livro, fica a impressão de que o autor daquilo tudo sofra de um pedantismo quase patológico. Talvez sofra mesmo.

De vez em quando, Olavo se presta a defender seus argumentos e quando o faz, costuma partir ou para o sofismo, ou para deduções tão falaciosas que você passa a questionar a sobriedade do autor. Um exemplo: seu argumento contra os "gayzistas" e seus protestos contra crimes de homofobia, já que são assassinados anualmente apenas poucas centenas de homossexuais no Brasil, perto de um total de centenas de milhares de héteros assassinados. Ora, esse argumento é tão manjado quanto desonesto. Como comparar o número de homossexuais mortos por serem homossexuais com o número de homicídios como latrocínio ou acerto de contas entre gangues? Quantos héteros são assassinados por ódio ao heterossexualismo? Defender esse pressuposto com uma dedução tão míope como essa só pode partir de a) alguém que não pensou muito no assunto ou de b) alguém mau-caráter. Gostaria de saber qual a opinião de Olavo sobre os déspotas que na História assassinaram filósofos apenas por serem filósofos. "Ora, perseguição onde? São apenas algumas dezenas de pessoas perto de tantas outras que são assassinadas todos os dias", responderia o imperador romano Vespasiano.

Defender certas minorias, como o povo curdo, ao mesmo tempo que ataca outras é algo delirante e bastante Olavo, mas nem tudo que Olavo escreve é um delírio. Confesso que fui surpreendido, por exemplo, por seus ensaios sobre a pobreza, que tratam, entre outras coisas, de como a mesquinharia da classe média afeta a sociedade; negam a mixaria de alguns centavos aos mendigos, sob desculpa de que eles vão usar o dinheiro pra beber (eu usaria também, no lugar deles, se não para algum outro remédio mais forte contra a realidade); ou que isso atrairia mais mendigos, como se fossem uma praga. E eis que numa baforada de raiva esclarecida, Olavo condena todos os donos de restaurantes e mercados que enxotam os moradores de rua de seus estabelecimentos, mesmo os que tem dinheiro para comprar um pedaço de pão. Ele completa: "[...] quando a propaganda do Collor inventou aquela coisa de 'não votem no Lula porque ele vai obrigar cada menino de classe alta a adotar um menino de rua', eu me disse a mim mesmo: 'Raios, se isso fosse verdade, eu ficaria satisfeito de votar no Lula'".

Claro que nos textos do Olavo não existem pontos sem nós: neste caso específico, seu nó é que jamais o Estado deveria ajudar as camadas mais pobres, pois isto é um dever individual. A outra razão, escreve ele, é que delegar tal papel ao Estado acaba por inflá-lo, torná-lo mais burocrático e, por consequência, os pobres jamais verão esse dinheiro. E que a miséria no Brasil não é um problema econômico, mas social, pois qualquer pedinte ganha o suficiente no semáforo para comprar um Big Mac. Olavo não toca na dívida histórica que o Brasil tem com os pobres, que em sua grande maioria são descendentes de escravos, assim como todos os estudos que demonstram que a probabilidade de ascensão do pobre para outras classes é aproximadamente inexistente e independente de mérito próprio. Também ignora que, jamais e em lugar nenhum, o mercado tenha ajudado a tirar pessoas da linha da miséria por livre e espontânea benevolência. Tampouco imagina que os miseráveis do país não se resumem aos pedintes de semáforos das capitais que, como a Veja São Paulo assegura, faturam R$ 200,00 por dia.

Existem pobres que preferem mamar nas tetas mirradas do Estado ou de outros cidadãos? Com certeza. Existem pobres que se esforçam ao limite do humanamente possível, mas não conseguem sair do lugar por preconceito da sociedade ou porque perderam uma vaga para os ricos que começaram a corrida de ratos com algumas dezenas de milhares de reais de vantagem? Obviamente que sim. Olavo não deixa claro nos seus textos se ele considera a existência paralela dessas duas possibilidades, mas lhe darei o benefício da dúvida.

Embora eu discorde frequentemente de Olavo, concordo com parte de suas opiniões conservadoras: sobre o pós-modernismo sem nexo, sobre o engatinhar de nossa cultura jovem e sobre como examinar o passado pode trazer mais benefícios do que fitar fixamente o futuro. O futuro é incerto, muitas vezes mal calculado, e nossa tendência à neofilia pode trazer às vezes mais malefícios do que benefícios quando não pensada criteriosamente, especialmente por uma sociedade onde frequentemente se busca tomar atalhos. Acredito que tudo aquilo que sobreviveu à prova do tempo é mais robusto. Mas acredito nisto porque a seleção natural ocorre não somente entre seres vivos, mas também entre ideias, como disse Karl Popper. Mas se Olavo também prefere algumas coisas à moda antiga, não deve ser pela mesma razão, pois ele não crê no Evolucionismo; inclusive afirma que Darwin foi o culpado pelo nazismo e comunismo.

Olavo não me parece mal intencionado. Parece-me, na verdade, alguém com tendências narcisistas que ficou tão cheio de si, que o espaço acabou há mais ou menos meio século e não cabem novas informações para fazê-lo mudar suas crenças de concreto, mesmo que elas estejam visivelmente deformadas. Mas ele claramente acredita estar no caminho para um bem maior.

Em suma, este é um livro bem editado e a compilação de seus textos alucinados ficou muito coerente. De fato um artefato útil para compreender um pouco das engrenagens esquisitas da mente de Olavo, uma fonte viva de bravatas, crenças com fervor religioso (mesmo sobre assuntos que não sejam religião), danças retóricas para justificar certas premissas, especulações mentirosas sobre figuras históricas que ele desgosta, palpites que vão contra 50 anos de evidências empíricas, confusões entre correlação e causalidade, e críticas que os conservadores de direita já fazem há décadas. O que me surpreendeu foi, de vez em quando, uma ou duas gotas de bom senso diluídas num grande mar de — se me permitem — MERas opiniões pessoais, que não devem ser taxadas de boas nem de ruins; são apenas opiniões, apesar de não parecerem.

Vale a pena ler este livro? Na minha opinião, sim. Todo livro vale a pena, mesmo que você discorde cem por cento dele. Existem pérolas que só podem ser encontradas nos lugares mais umbrosos.
Profile Image for Aldo Biagini.
18 reviews1 follower
September 24, 2017
Taxativo demais para o pouco embasamento que possui. Tenta criar objetividade a partir de subjetividade.
Profile Image for Iara Luzia.
60 reviews22 followers
October 19, 2013
O único motivo para eu não dar a nota máxima para esse livro é o fato de uma ideia ser repetida várias vezes, ao longo dos vários artigos que foram reunidos aqui. Imagino que isso, na realidade, faça parte da retórica, utilizada por Olavo, para reiterar a ideia.
O livro é muito coeso, com muito conteúdo e acredito que deveria ser lido por todos.
Profile Image for Enrico Schiavo.
12 reviews3 followers
December 5, 2018
Sou apenas eu ou mais alguém é capaz de sentir o mau hálito do Olavo através de uma tela de computador? Que fique claro de antemão que só dei uma estrelinha porque o Goodreads não me permite dar menos.

Jamais confie em uma pessoa que lhe ofereça duas categorias diametralmente opostas, fixamente consolidadas e irreconciliáveis das quais uma emana o Sumo Bem e a outra o seu desprezado oposto.

Olavo de Carvalho é um intelectualoide inescrupuloso e qualquer de seus leitores que tenha o mínimo de bom senso é capaz de reconhecer sua desonestidade nas páginas desse livreco. Veja por si só a tentativa vulgar, escancaradamente demagógica e espantosamente doutrinária de emplacar essa dicotomia.

"Mais doloroso ainda, porém, foi descobrir que todos os mestres-pensadores e líderes políticos que encarnavam os ideais pomposamente alardeados pela militância intelectual esquerdista — todos, sem exceção — pertenciam inequivocamente à segunda categoria. Quem quer que estude as vidas de cada um deles descobrirá que Voltaire, Diderot, Jean-Jacques Rousseau, Sade, Karl Marx, Tolstoi, Bertolt Brecht, Lenin, Stalin, Fidel Castro, Che Guevara, Mao Tsé-tung, Bertrand Russell, Jean-Paul Sartre, Max Horkheimer, Theodor Adorno, Georg Lukács, Antonio Gramsci, Lillian Hellman, Michel Foucault, Louis Althusser, Norman Mailer, Noam Chomsky e tutti quanti foram indivíduos
sádicos, obsessivamente mentirosos, aproveitadores cínicos, vaidosos até a demência, desprovidos de qualquer sentimento moral superior e de qualquer boa intenção por mais mínima que fosse, exceto, talvez, no sentido de usar as palavras mais nobres para nomear os atos mais torpes. Muitos cometeram assassinatos pessoalmente, sem jamais demonstrar remorso. Outros foram
estupradores ou exploradores de mulheres, opressores vis de seus empregados, agressores de suas esposas e filhos. Outros, orgulhosamente pedófilos."

Que baixeza! Quanta difamação.

"Em contrapartida, os representantes das correntes o postas, conservadoras ou reacionárias, conforme fui descobrindo com ainda maior surpresa, eram quase invariavelmente seres humanos de alta qualidade moral, atestada não só na idoneidade do seu trabalho intelectual, onde nada se encontrará das fraudes monstruosas perpetradas por um Voltaire, um Diderot ou um Karl Marx, mas também nas circunstâncias do cotidiano e nos testes mais rigorosos da existência.
Dificilmente se encontrará algum capítulo vergonhoso na biografia de Pascal, de Leibniz, de Bossuet, de Donoso Cortés, de Joseph de Maistre, de John Henry Newman, de Edmund Burke, de Vladimir Soloviev, de Nikolai Berdiaev, de Alexis de Tocqueville, de Edmund Husserl, de Ludwig von Mises, de Benjamin Disraeli, de Russel Kirk, de Xavier Zubiri, de Louis Lavelle, de Garrigou-Lagrange, de Joseph Maréchal, de Victor Frankl, de Marcel De Corte e de tantos outros. Ao contrário, essas vidas transbordavam de exemplos de grandeza, generosidade, coragem e humildade"

Olavo precisa se informar melhor. Será que ele não sabe que Leibniz foi acusado de peculato? Que ele se absteve de dizer uma palavra de louvor ao tão perseguido e "herege" judeu Spinoza, com quem tanto aprendeu, possivelmente para ganhar a aprovação de príncipes e princesas? Que fique claro que isso em nada reduz o trabalho de Leibniz (Voltaire teve lá sua nesga de escândalos), mas que sirva para ilustrar que cada um dos intelectuais citados são seres humanos, não mais que isso, e por isso repletos de erros e fraquezas. Não há grande diferença em termos de virtude entre os dois grupos citados. Já deve ter ficado claro, portanto, quais são as intenções do autorzinho. Mas não é esse o ponto.

Na categoria da esquerda, ele posiciona grandes filósofos como Sartre, Russel e Voltaire (que por sinal era monarquista, mas prossigamos) ao lado de figuras políticas como Che Guevara e Stalin, reconhecidos pela direita e mesmo por porção significativa da esquerda como assassinos. No lado da direita, ele posiciona outros grandes filósofos e, ops, nenhum político. Mas que descuido, hein Olavinho? Na verdade, Benjamin Disraeli foi primeiro-ministro do Reino Unido mas quem se importa? Ninguém profere o seu nome e quem o faz certamente não é com o fim de compara-lo a Stalin ou a Fidel. Imparcial seria não fazer dos filósofos "de esquerda" mencionados um grupo homogêneo com Fidel Castro, Stalin, Lenin, Mao Tsé-Tung e outros. Junto a um genocida como Stalin até Spinoza e são Francisco de Assis, exemplos de virtude, parecerão monstros. Isso é desonestidade intelectual, pura e simples, para dizer o mínimo.

Olavo de Carvalho não é filósofo. Olavo de Carvalho é um demagogo caluniador da mais vulgar estirpe e um dos grandes responsáveis pela entrega da faixa presidencial ao grande pateta Jair Bolsonaro. E se você, fã desse escritorzinho medíocre, não se sente minimamente ofendido por ser manipulado de maneira tão evidentemente torpe, atenha-se a esse tipinho de intelectualoide e deixe os Voltaire, Russel, Sartre, Rousseau, Diderot, Tolstoi, Chomsky e tantos outros "monstros" do mesmo calibre a quem possa apreciar os seus gênios. Mas se você prefere o Olavo, bem, nesse caso, tenho más notícias...
Profile Image for Vander Alves.
262 reviews3 followers
September 7, 2020
Textos prolixos e pedantes repletos de pompa pseudointelectual, contradições e delírios que resultam numa coletânea de teses rasas e opiniões imbecis.
October 17, 2020
Olavo de Carvalho se tornou a cara e o símbolo da “nova direita”. Para entender politicamente como pensa esse espectro, esse livro, na verdade uma coletânea de artigos, é quase fundamental.
Embora nem todo direitista político goste de ou leia Olavo, quase todos reproduzem suas idéias e comportamento.
O que de início foi um movimento ante a uma ponta totalitária, defesa contra o pensamento único, hoje encarna o autoritarismo com perfeição. Antes eram apenas opiniões fora do senso comum e havia ao menos um esforço para partir de argumentos lógicos. Hoje, só prevalece a caricatura deformada de que tantas vezes foram acusados pelos seus detratores. Por exemplo:
GUERRA CONTRA O DIPLOMA
Concordo com a crítica inicial de que diploma não obrigatoriamente traduz-se em competência ou inteligência. Mas dizer que ele não tem nenhum valor e que nas universidades só existem esquerdistas, é muito injusto.
Autodidatismo não é o último degrau da evolução estudantil. É verdade que é melhor estudar sozinho do que não estudar, mas ainda melhor é você estar inserido numa comunidade de estudantes que te ajudem a corrigir seus erros. Caso contrário, há um risco de você achar que é mais inteligente do que realmente é. A síndrome de ”agora que estou estudando sozinho, ninguém me segura!”, rs
Essa mentalidade de desprezo profundo ao diploma talvez explique os vários casos recentes de ministros mentindo no currículo sobre graduações, pós, cursos e afins.
Pensamento olavista: "Brasileiro é subserviente em relação ao fato do sujeito ter grau universitário". Certa mesmo é essa reação que - diz ele - suscitou ao dizer que era um filósofo:
“Longe do Brasil, encontrei enfermeirinhas, caixeiros de loja e operários da construção civil que, ao saber-me autor de livros de filosofia, arregalavam dois olhos de curiosidade, me crivavam de perguntas e me ouviam com a atenção devota que se daria a um profeta vindo dos céus. Por incrível que pareça, interesse e humildade similares observei entre potentados da indústria e das finanças, figurões da mídia e da política. Até mesmo professores universitários, uma raça que no Brasil é imune a tentações cognitivas, mostravam querer aprender alguma coisa.”
Atenção devota e olhinhos piscando, reação correta, tudo isso só porque alguém disse ter escrito livros sobre filosofia. E é um diploma, que traz embutida pelo menos a capacidade teórica de fazer isso, que as pessoas não devem valorizar? Ou seria um caso de qualquer reverência a mim é justificada, mas aos outros, nenhum reconhecimento deve ser dado? Percebam o tom de zombaria em “enfermeirinhas”.
A ELITE INTELECTUAL ESTÁ SEMPRE ERRADA
Olavo de Carvalho já repetiu muitas vezes que “no Brasil, ninguém nunca lê nada”. Talvez ele devesse ampliar o círculo de amizades , ou melhor, sua disposição interior em achar leitores e, principalmente, em ficar feliz por eles existirem. Eu, ao contrário, acredito que o número de leitores aumentou no país. Educação clássica não é virtude.
SÓ OS CLÁSSICOS PRESTAM - EXCETO BERTOLT BRECHT, SARTRE, NIETZSCHE, VOLTAIRE E “TUTTI QUANTI” . E SE VOCÊ DISCORDA, É PORQUE É BURRO.
Em um certo trecho, ele fala o seguinte:
"Só de andar pelas ruas, o cidadão aí pode enxergar os marcos que o situam num lugar preciso do mapa histórico, desde o qual ele pode medir quanto tempo as coisas duraram e qual a sua importância maior ou menor para a vida humana.
Se olha para os cartazes dos teatros, nota que certas peças estão sendo reencenadas este ano porque são reencenadas todos os anos, ao passo que outras, que fizeram algum sucesso no ano passado, desapareceram do repertório. Basta isto para que adquira um senso da diferença entre o que importa e o que não importa.”

Aqui ele confunde os conceitos de durabilidade e de qualidade, como se obras de arte magníficas são apenas aquelas que atravessam gerações ininterruptamente. Mas algo pode ser perfeitamente adequado à expressão artística de uma época, ser realmente algo superior, mas ter finitude. Se até nós homens somos mortais, por que não também nossas obras, por melhores que sejam?

Resumo:
Nunca vi ninguém citar que leu tal autor = totalmente desconhecido no Brasil.
Pessoa diz que gosta de Chico Buarque, Caetano Veloso etc = É estúpida, os acha o supra-sumo da cultura, não entende nada de Aristóteles e escuta funk.

Uma vez eu vi uma série em que o personagem chamado Alex diz que uma mulher jamais esqueceria um livro de Baudelaire na geladeira, coisa que o personagem Fred havia feito, e este retruca: “Você está dizendo que as mulheres são fúteis e burras?” Alex: “Eu não disse isso”. Eu me sinto na mesma posição do Alex , eu só gosto de ouvir as músicas, só isso. Relaxe.

MINHA DITADURA É MELHOR QUE A SUA
Concilie “toda vida é importante” com o raciocínio abaixo de Olavo:
“Para levar a comparação até suas últimas consequências, até os mais notórios ditadores reacionários, Franco, Salazar e Pinochet, com todos os crimes políticos que cometeram, mantiveram em suas vidas pessoais um padrão de moralidade incomparavelmente mais elevado que o dos tiranos revolucionários. Pelo menos não mandavam matar seus mais próximos amigos e companheiros de luta, como Stalin, Hitler e Fidel Castro, nem estupravam garotas menores de idade como o fazia Mao Tsé-tung.”

NAZISMO É DE ESQUERDA
Motivo: nazismo vem de nacional-socialismo (em alemão “Nationalsozialismus”). Socialismo, portanto de esquerda. Caso encerrado, terra arrasada, fim. Próxima.
Não tão rápido, pessoal. No momento, estou lendo a biografia de Hitler escrita por Ian Kershaw. Fica evidente que o nazismo é ideologicamente de direita. A seu modo, os direitistas têm práticas associadas ao socialismo. Vimos, por exemplo, em casos recentes, que a meritocracia caiu por terra com a indicação de ministros feita pelo presidente Bolsonaro de pessoas desqualificadas profissionalmente, mas que são alinhadas com seu lado político. Voltando ao livro sobre Hitler, aprendi várias coisas, pra mim inéditas, que eu não pensaria sozinha com meu estilo autodidata. Por exemplo: o nacional não está ali só de enfeite. Na verdade, ele é a ênfase. É um socialismo, um privilégio de igualdade para os amigos. Que amigos? Os nacionais. Que são os alemães. Mas lembrem-se: os verdadeiros alemães são os arianos, puros e que não sofreram lavagem cerebral pelo judaísmo.
Isso não quer dizer que a esquerda também não esteja “trabalhando para o Führer”. Ela está também, com sua apologia à eutanásia e aborto, por exemplo. Mas essa discussão ficaria longa demais e só porque eles têm uma área em comum, não fazem das duas coisas a mesma.
Hitler era de fato, um homem moderno à primeira vista, com esse lado socialista. Até que você olhasse mais de perto. Ele defendia que as divisões de classe deveriam ser abolidas, que não deveriam ter áreas vip separadas em cruzeiros, que a educação deveria ser de ponta para todos e não só para a classe alta. Mas “onde está o gato”?Simples: esse “todos” eram na verdade os alemães brancos - os únicos alemães possíveis.Entre os alemães, deveria haver igualdade e tratamento digno. Quanto ao restante, “já era suficiente saber ler uma placa na rua”.

Vou trazer alguns trechos da biografia de Adolf Hitler:

"A luta contra os comunistas não deveria depender de “considerações jurídicas”. De fato, não havia a menor possibilidade de que esse viesse a ser o caso. A prisão de deputados e funcionários comunistas já começara por ordem de Göring na noite anterior, em ataques realizados com brutalidade maciça. Os comunistas eram os alvos principais, mais social-democratas, sindicalistas e intelectuais de esquerda, como Carl Ossietzky, também estavam entre aqueles que foram arrastados para prisões improvisadas, muitas vezes em porões das sedes locais da SA ou SS, e selvagemente espancados, torturados e, em alguns casos, mortos."

"Mas a brutalidade e a violência não prejudicaram a reputação de Hitler junto à população. Muitos que eram inicialmente céticos ou críticos passaram, em fevereiro, a achar que ele era o “homem certo” e deveria ter uma chance. Uma leve mudança para melhor na economia ajudou. Mas o fervoroso antimarxismo de grande parte da população foi mais importante. O velho ódio ao socialismo e ao comunismo - ambos incluídos na categoria de “marxismo” - foi usado pela propaganda nazista e transformado numa paranoia anticomunista. Estimulado pelos nazistas, o medo de um levante comunista estava no ar. Quanto mais perto das eleições, mais estridente ficava a histeria."

"A guerra civil latente que existira durante toda a República de Weimar ameaçava agora transformar-se numa guerra civil real. Choques armados e brigas de rua entre a SA e os comunistas eram ocorrências diárias. Poder-se-ia pensar que a violência nazista afastaria os burgueses “respeitáveis” que Hitler cada vez mais atraía. Mas, uma vez que esses adeptos do nazismo julgavam que a ameaça vinha da esquerda, a violência anticomunista que dizia defender os interesses da nação alienava pouquíssimos eleitores."

RACISMO NO BRASIL É LEVE
Vindo de um homem branco que mora há 15 anos fora do Brasil, essa frase soa um pouco precipitada.
Eu era contra lugar de fala. Ainda tenho minhas ressalvas, mas parcialmente concordo. Eu fiquei muito surpresa com alguns relatos de gente que sofreu preconceito, fatos verdadeiros, mas tão absurdos que beiram à ficção científica. Eu, que nunca sofri racismo na vida, não fazia idéia do que estava acontecendo. Agora prefiro me recolher à minha insignificância e ouvir mais que falar.
Eu vivi muitos anos na esquerda, alguns na direita. Há racismo em ambos os lados. Mas na direita, eu ouvi pela primeira vez mais de uma pessoa falar abertamente que não sente atração sexual por negros, como sendo algo legítimo, e não um sintoma de algo maior, que precisasse ser resolvido.
Embora Olavo cite que sempre houve escravidão de negros contra negros na África e que os brancos também foram escravizados - verdade - o que ele não fala é que:
1- os negros ficaram marcados pela cor por conta da escravidão, coisa que não aconteceu com a etnia branca;
2- eram povos teoricamente incivilizados. O homem branco veio como “pessoa de um mundo mais esclarecido” e ao invés de ajudar o seu irmão, se aproveitou da fragilidade dele. Essa é a superior Europa.
“Alemanha, Alemanha
Ouvindo as falas que vêm da tua casa, rimos.
Mas quem te vê, corre a pegar a faca
Como à vista de um facínora.” - Bertolt Brecht

NÓS CONTRA ELES
Olavo na citação abaixo está falando da mentalidade fanática que possuem os seus desafetos esquerdistas. Mas pense nas falas dele criticando os comunistas e veja a mágica acontecer:
“O que o fanático nega aos demais seres humanos é o direito de definir-se nos seus próprios termos, de explicar-se segundo suas próprias categorias. Só valem os termos dele, as categorias do pensamento partidário. Para ele, em suma, você não existe como indivíduo real e independente. Só existe como tipo: “amigo” ou “inimigo”. Uma vez definido como “inimigo”, você se torna, para todos os fins, idêntico e indiscernível de todos os demais “inimigos”, por mais estranhos e repelentes que você próprio os julgue.” - Olavo de Carvalho

Agora Olavo de Carvalho sobre como discutir com esquerdistas:
“O único debate eficiente com esquerdistas é aquele que não consente em ficar preso nas regras formais num confronto de argumentos, mas se aprofunda num desmascaramento psicológico completo e impiedoso. Provar que um esquerdista está errado não significa nada. Você tem é de mostrar como ele é mau, perverso, falso, deliberado e maquiavélico por trás de suas aparências de debatedor sincero, polido e civilizado. Faça isso e você fará essa gente chorar de desespero, porque no fundo ela se conhece e sabe que não presta. Não lhe dê o consolo de uma camuflagem civilizada tecida com a pele do adversário ingênuo.”

Agora, Adolf Hitler, 30 de março de 1941:
“Choque de duas ideologias. Denúncia esmagadora do bolchevismo, identificado com a criminalidade social. O comunismo é um perigo enorme para nosso futuro. Devemos esquecer o conceito de camaradagem entre soldados. Um comunista não é nenhum camarada antes ou depois da batalha. Esta é uma guerra de aniquilação. Se não compreendermos isso, poderemos ainda assim bater o inimigo, mas trinta anos depois teremos de lutar de novo contra o inimigo comunista. Não travamos uma guerra para preservar o inimigo.”

Eis o espírito do livro:
Em 500 anos de história, não há no Brasil UM SÓ exemplo de cultura ou inteligência. Este é um país que está no caminho errado, fazendo o que não quer e buscando entretenimentos desprezíveis e vulgares, quando não deprimentes. Em todo o campo científico/filosófico/cultural não há UM ÚNICO exemplo de (...). A dominação/ideologia foi BRUTAL e APOTEÓTICA pois (...)
Quem esteja consciente dessas coisas não poderá NUNCA deixar de admitir que (...)
Mas não foi apenas a destruição completa que a pessoa de ideologia (...) fez, mas algo ainda pior (...)
Fui o PRIMEIRO a alertar que (...).
Situação (...) no Brasil é a praga mais nefasta que pode atingir uma civilização.
Alguém que não compreende os pressupostos básicos de Aristóteles, não tem condições de opinar sobre ABSOLUTAMENTE nada.
HÁ ANOS venho tentando chamar a atenção dos meus compatriotas em relação a (...).

Ao mesmo tempo, ele e seus seguidores defendem o nacionalismo, com suas camisas verde-e-amarela, "nosso país nunca será vermelho" etc. Mas é esse povo descrito acima que é supostamente em sua maioria conservador, sem ninguém que o represente na classe política. O mesmo povo que Olavo de Carvalho julga serem os habitantes de um país especialista em tudo que é grotesco, sempre fazendo contraponto aos americanos. Maravilhosa América, terra das oportunidades , do "self-made man", lugar onde até crianças de 6 anos de idade sabem da luta entre a tradição dos republicanos salvadores da pátria e a vulgaridade democrata. Capitão América vs. Zé Carioca. Diligência americana vs. morosidade latina. Loiros de olhos claros bem-sucedidos que andam de avião (ou negros que se comportam como tais) vs. negros, morenos, pardos, brancos queimados que nunca negam sua origem étnica.

Minha opinião: discordei de muita coisa no livro e mesmo nos tópicos em que concordo com as linhas gerais , acredito que as questões foram mal abordadas pelo autor.

Analisando psicologicamente, às vezes eu acho que os conservadores querem chocar, querem te ver rasgar as vestes por coisas até realmente abomináveis, mas também querem teu ultraje perpétuo frente a condutas que são irrelevantes. Mas o equilíbrio emocional é importante. Não se desesperar e não pensar que os outros estão sempre errando pelo pior motivo possível.
Como você lida com coisas “inaceitáveis”? Como lida com um racista, por exemplo? Se não há compaixão aliada ao sentimento de justiça, estaríamos lá para atirar as pedras. Pedras “justificadas”.
Profile Image for Sami Eerola.
832 reviews93 followers
October 16, 2019
"The minimum that you need to know to avoid being a idiot" is the most infeuncial Brazilian or even global far-right manifesto. That is because the current Brazilian governement from the president to high ranking ministers are folowers of this book author. So the Amazon fires are a indirect result of this books ideas.

The book thesis is that the whole Western world is dominated by big capitalists that use communism to destroy society and remaing in power. The book is long and booring collection of crazy articles from a Brazilian astrologer Olavo de Carvalho. The most strong aspect of the book are some analyzes on far-left thought, but when the author thinks every body that does not agree with him is a communist, it is difficult to take it seriosly.

The book is filled with pseudophilosohical concoctions that tries to justify a ultra concervative world wiew that is inches of being fascism. It is incredilbe how one can justify the most dumb ideas by mixing conspiracy theories with high philosophical concepts.
Profile Image for Cicero Marra.
315 reviews17 followers
August 19, 2020
Existem três Olavos de Carvalho. O primeiro é o Olavo filósofo, a versão mais respeitável dele, que critica o método científico, as universidades, a cultura das elites e que acredita na transformação individual como chave para as mudanças estruturais. A crítica literária dele é engraçada e muito boa. Ele diz, por exemplo, que não se publicou nada relevante na literatura do Brasil desde 1980 por que o escritor brasileiro é um tipo incapaz de pensar por si mesmo, que vive de fingimento e não consegue enxergar a própria miséria.

Tem a versão anti-petista do Olavo, a que acusa o governo PT de proteger bandidos, assim como a Sheherazade. O PT é, pra ele, cúmplice do Foro de São Paulo, a estratégia sulamericana do concluio mundial entre a esquerda e elite bancária para implantação do comunismo no mundo, cujas estratégias de dominação envolvem a implosão da família, a expansão do tráfico de drogas e o sequestro da cultura. Dá pra notar que ele odeia comunista mesmo e acha que os conservadores são pessoas moralmente melhores. Pra ele o rico tem, pelo menos, remorso da sua sorte enquanto o cara da burocracia esquerdista não. Essa é a versão é exagerada, porém ainda respeitável do Olavo.

Por fim, existe a versão extremista e conservadora, a mais zoada e que apaga qualquer faísca de racionalidade. É a mesma que acredita serem insolvíveis questões como aborto e evolucionismo e que acha que existe uma campanha do jornalismo ocidental contra a igreja católica (através da crítica ao celibato e das denúncias de pedofilia).

Ele também não acredita em raças, pra ele, o negro não é pessoa jurídica detentora de direitos. Acha inclusive essa noção de dívida histórica ridícula. Em relação à pobreza, Olavo critica o desprezo da classe média à esmola em favor das mudanças estruturais. A pobreza esta na nossa falta de educação. Isso tudo é invenção do stalinismo que achava que o lumpenproletariado é detentor de direito. Ou seja, que só por que se é pobre precisa ser ajudado.

O Olavo de Carvalho é igual a todo mundo. Tem valores que acredita serem corretos, tem inimigos de predileção: a esquerda, o PT e o foro de São Paulo. Tranquilo. O problema é que ele blasfema muito ao falar de pobreza e homossexualidade. O fato dele ser um excêntrico tem a ver (eu acho) com aquilo que ele defende sobre o processo de inteligência, que tem a ver com ser original e criar a sua percepção independente do mundo. Algo próximo do Objetivismo da Ayn Rand, sei lá. Enfim, a abordagem dele é boa mas os pensamentos dele são podres.

Profile Image for soph.
88 reviews8 followers
October 20, 2020
sem comentários só acho engraçado que como pode um ser humano normal
Profile Image for Alexsander Ferreira.
26 reviews2 followers
December 16, 2020
Os artigos sobre darwinismo e gayzismo são o ápice desse livro, o ápice da dissimulação e do apelo a uma retórica que não faz mais do que efetivar toda a torpeza do discurso de alguém que está a decorrer sobre algo que não tem conhecimento nenhum. Aquele que se diz um filósofo deveria ter o mínimo de honestidade intelectual para não passar a vergonha escandalosa que esse senhor passa. Dito isso, alguns artigos são minimamente decentes, contudo, a maioria deles acaba sendo uma perfida e inócua perda de tempo e de neurônios.
Profile Image for Matheus.
6 reviews8 followers
June 25, 2015
O título do livro não podia se mostrar mais verdadeiro. “ O Mínimo que você precisa saber para não ser um idiota” contem, em 392 páginas o mínimo que um brasileiro que deseje ser senhor de suas próprias opiniões precisa ler para não ser enganado nem ser deixado levar por preconceitos e ideologias vigentes no Séc 21.

Eu digo isso, não por concordar 100% com o autor, aliás, muito longe disso, como a maioria das pessoas que se depara com ideias tão contrárias à maré que um brasileiro médio vem remando ao longo de sua vida cultural recente. Olavo de Carvalho tem ideias muito controversas, e em certos pontos absurdas, mas ao mesmo tempo o debate que ele incita é de abrir-se os olhos, ou mais ainda, de se esclarecer a alma. O livro divide-se em muitos temas e entre eles há alguns onde o insight do autor é evidente. O mais importante é a belíssima e atualíssima crítica à esquerda brasileira. Á parte disso, destaca-se a qualidade da escrita do autor, que é a maior que eu já li, a riqueza de vocabulário e a capacidade argumentativa dele se sobressaem em um país de analfabetos e no mínimo incitam uma inveja positiva, àquela que deve motivar ao possuidor à fazer por onde alcançar semelhança erudição e habilidades de retórica e escrita. Mas sem dúvida, a riqueza do livro está na atualíssima crítica a ideologia socialista posta em vigor no país pelo atual governo petista.

Tanto à esquerda política representada pelo PT, quanto á critica da ideologia do qual tomam parte de rede globo ao próprio PSDB. Exageros a parte, eu não acho que a disseminação de tal doença ideológica no mundo, e mais fortemente no Brasil seja ato consciente de determinado grupo de pessoas que conspiram contra a humanidade como defende o autor, mas sim o resultado de ações inconscientes de muitos atores motivados pelos mais diferentes motivos e influenciando-se uns aos outros, seja vindo da mídia, escola, religião o que quer que seja. O ponto é que essa dominação ideológica precisa ser confrontada e se você quer se esclarecer sobre o assunto é fundamental a leitura desse livro, não significando, entretanto, que você precise abandonar suas posições esquerdistas, mas apenas se armar de ferramentas para criticar suas falhas e reconhecer suas incoerências, que hoje percebo, são muitas.

Há pontos, entretanto, que acho que Olavo de Carvalho é muito infeliz, e sua obra poderia ser muito mais grandiosa se ele se abstivesse de discutir, como mesmo prega em seu texto, temas dos quais não tem conhecimento nenhum. Suas teses sobre a mentira do aquecimento global ou críticas ao processo científico como um todo não tem nenhum fundamento e vai de contrapartida ao que os maiores cientistas do mundo vêm encontrando em suas pesquisas há anos.

Acho que o grande problema de Olavo é que ele junta tudo quanto é coisa e insere tudo num grande esquema conspiratório para controlar a humanidade, o que a meu ver parece um tanto exagerado quanto inocente. O autor se redime de forma brilhante, entretanto, em um dos artigos finais do livro em que ele incita o leito a ler e reler tudo quanto é autor e nunca julgá-lo ou criticá-lo antes de terminar a leitura, mas ao contrário, ao ler uma obra, ele recomenda se colocar na posição do autor e abraçar suas posições e sentimentos, e fazer isso com Olavo de Carvalho foi muito benéfico para mim.

Em resumo, a obra é muito boa se olhada com os filtros de uma pessoa que pense criticamente e não levada de cabo a rabo como verdade absoluta, coisa que não se deve fazer com nada como sabe o bom pensador. E se descontados os exageros conspiracionistas que o autor insiste em levantar.
Profile Image for Mauricio Simões.
73 reviews12 followers
February 16, 2018
Nem tanto ao céu, nem tanto à terra.

Guardadas as devidas proporções e filtrando alguns descalabros, pode-se concluir que Olavo de Carvalho teve um grande livro publicado. Há que se separar o excelente analista político do filósofo prolixo e este, por sua vez, do teólogo e/ou religioso fundamentalista (rótulo este que o autor rejeita, mesmo apresentando textos e atitudes que acabam por reforçá-lo). Olavo se perde quando sua fé contamina algumas de suas convicções, tornando-nas religião, depois em pregação colérica e, por fim, perdendo a razão para dar lugar às suas tradicionais ofensas e o “quem não concorda comigo é burro”. Parafraseando o próprio autor com uma passagem bíblica que ele mesmo cita no livro: “Experimentai de tudo e ficai com o que é bom.” (Tessalonicenses 5, 21)

A obra “O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota” foi muitísimo bem organizada por Felipe Moura Brasil. São 193 artigos publicados entre 1997 e 2013 em jornais e revistas nacionais. Porém, as inúmeras notas do organizador dão uma amplitude ainda maior aos textos, atualizando-os com referências e complementando-os com muito material online. Alguns artigos são memoráveis. Olavo tem um mérito irrevogável por ter previsto, identificado e relatado, com detalhes, a ameaça comunista e como ela se infiltraria na cultura e política brasileira. E ele faz isso com base e propriedade invejáveis, o que, por si só, já torna o livro obrigatório para quem sente um mínimo de indignação com o atual estado de coisas no Brasil.

Olavo é dotado de um domínio amplo da língua portuguesa, o que faz (quase sempre) da leitura um bálsamo, até mesmo quando você não concorda com o conteúdo. Quando uma abordagem não faz nenhum sentido, ganha crédito ao menos por ser cômica.

Se como analista político Olavo é um primor, seus devaneios filosóficos e teológicos fazem-no perder a mão. Quando escreve sobre religião, nem parece ser ele. Seus textos perdem qualidade, ficam prolixos, raivosos, empobrecidos, perdidos em acusações forçadas. Em dado momento, ele faz questão de desmerecer a ciência como um todo, unicamente por discordar do uso de termos que - segundo ele - foram por ela apropriados indevidamente. Seu posicionamento radical contra o evolucionismo é risível, chegando ao ponto de dizer que este foi “o pai do comunismo e do nazismo”. Alega que a ciência diz-se infalível e (também) por isso a condena. Não sei quais cientistas Olavo anda consultando, mas com certeza não é, por exemplo, Neil deGrasse Tyson, o astrofísico que não se cansa de repetir que a ciência ainda não sabe “nada”, muito menos teria “a” resposta para questões de insondáveis mistérios do Universo e da vida. Stephen Hawking, por sua vez, passou a carreira inteira formulando teorias de física quântica para depois desdizê-las humilde e categoricamente. Olavo, do alto da sua arrogância, ainda refuta Newton e, principalmente, Darwin. Sem esquecer a cruzada pessoal que lançou contra Richard Dawkins. A meu ver, falta-lhe honestidade intelectual quando afirma que “regimes totalitários adotaram a doutrina (sic) evolucionista e - com ligeiras modificações - causaram a matança de ‘uns’ 200 milhões de seres humanos”. Assusta ler ainda que “Newton concebeu a teoria gravitacional exclusivamente como parte de um projeto para destruir o cristianismo”. Na mesma linha, aponta o maldito marxismo como “grande beneficiário dos estudos da ciência sobre a evolução humana”. Por fim, as pérolas olavianas concluem que “sem a ciência teríamos um mundo melhor”. E seria melhor com a religião? A mesma religião que nos brindou com a Inquisição, com o 11 de Setembro, com o Estado Islâmico, Edir Macedo... bom, deixe pra lá. Afirmações deste naipe têm potencial para desmerecer toda uma obra, caso o leitor não faça uma filtragem criteriosa.

Assim, em princípio, o ódio de Olavo contra a ciência causou-me estranhamento. Muito desta postura restou “explicada” depois que assisti ao terrível filme “O Jardim das Aflições” (2017), onde o autor é entrevistado na sua casa, na Virginia (EUA). Mais de 80 minutos de elucubrações quiromaníacas lotados de filosofadas. O livro homônimo que deu origem ao filme está na minha lista de leitura. Confesso que dei uma boa desanimada, vez que a ênfase da outra obra é puramente a filosofia.

Filósofos contemporâneos e teólogos de um lado; cientistas de outro? Cisma desnecessária, vez que ambos os lados apresentam lacunas gigantescas. Uns mais, outros menos, a bem da verdade. Proporcionalmente, a estupidez toma conta de uma pequena parte do livro. Desta forma, há muito que se aproveitar do restante.

Se o trabalho de organização parece perfeito, o mesmo não se pode dizer da impressão. Alguns travessões e outros sinais de pontuação sumiram, deixando apenas espaços em branco. Letras fechadas como a, b, e, o, muitas vezes aparecem com seus núcleos pintados de preto ou totalmente borradas.

Nota do livro: 7,86 (4 estrelas).
Profile Image for César Serradas.
38 reviews16 followers
August 16, 2015
O Olavo é o escritor da lusofonia (entre os que li) que melhor faz uso da língua portuguesa. A gramática, estrangeirismos, latim e todas as ferramentas que usa, tornam a leitura enriquecedora. Não raras vezes, faz-se obrigatória a consulta no google/dicionário para palavras novas.
O livro é uma colectânea e por isso não se pode esperar um aprofundamento filosófico de nenhuma temática. Os seus textos são muito mais informativos que filosóficos e fazem-se acompanhar de uma rica bibliografia. Sempre me habituei a avaliar um texto também pela qualidade da sua bibliografia, esta cria a vontade de explorar novas leituras recomendadas. A bagagem do Olavo é realmente impressionante.

Mas o Olavo excede-se onde o fazem todos os conservadores. A sua preferência por tabaco é isso mesmo, uma preferência. Como tal o vício não precisa ser justificado em relação a outros vícios, tais como: drogas, álcool, açucar, gordura, sal... O Olavo não quer pagar saúde pública para os que abusam de drogas e eu não a quero pagar para os que abusam do tabagismo. O mesmo se pode dizer em relação a preferências sexuais, religiosas, e outras que o Olavo faz querer passer universais aquando da chegada a um estado de conhecimento/iluminação. Adiante, a diferença entre os libertários e os conservadores, como o Olavo, é que os primeiros não acham que sabem o que é melhor para os outros.

Em resumo, recomendo esta leitura.
Profile Image for Rodolfo Borges.
248 reviews3 followers
March 2, 2014
Apesar de alguns exageros (admitidos pelo autor enquanto estratégia retórica), a reunião dos textos compõe um diagnóstico surpreendente (pela precisão e pela pouca repercussão) do cenário político, social e cultural do Brasil. Ou melhor: a distância entre o acerto e a inteligência nacional não é lá tão surpreendente.
Profile Image for Alexander Ortega.
17 reviews1 follower
October 11, 2015
Fiquei bastante decepcionado com esse livro.
Esse livro é uma coletânea de textos do Olavo de Carvalho, a maioria comparando diferentes aspectos da esquerda e da direita de maneira superficial e enviesada.
Olavo sempre que possível aproveita para citar referências bibliográficas e alguns exemplos históricos para fundamentar o seu ponto e dar um "ar" de qualidade intelectual em suas conclusões pessoais.
Alem disso, o autor julga a capacidade intelectual de diversas personalidades historicas renomadas que estão inclinados à esquerda, como se discordância ideológica fosse simplesmente burrice ou ignorância.
Bons livros são aqueles que desafiam e desenvolvem a inteligência do leitor, com argumentos sólidos e boa escrita - esse livro está bem longe disso.
Profile Image for Antonio Costa.
9 reviews
May 1, 2015
Leitura obrigatória para quem quer criar uma visão mais crítica sobre o ocorre no Brasil e no cenário mundial. Não concordo 100% com as ideias do professor, mas com certeza um grandioso sábio, deve ser respeitado.
Recomendo a leitura.
Profile Image for Victor Oliveira.
12 reviews
September 9, 2018
Apesar de discordar do autor em alguns poucos pontos, decidi por 5 estrelas pq o livro expandiu minha visão em diversos assuntos, além de fornecer inúmeras fontes e autores na busca por conhecimento.
Profile Image for Jairo Fraga.
332 reviews18 followers
July 5, 2017
Compilação de artigos necessária para todo estudante.

O livro é uma compilação de artigos publicados por Olavo de Carvalho em jornais, sobre diversos temas, muito bem organizados pelo editor.
Não sou da área de ciências humanas, mas ainda sim recomendo o livro como forma de abrir os olhos para diversos assuntos. Não é preciso concordar com tudo, mas é interessante se manter com a mente aberta para opiniões que divergem da sua.
Os artigos escritos antes de 2000 parecem que foram feitos hoje, principalmente no tocante ao petismo, marxismo e comportamento dos estudantes brasileiros.

O livro me fez mudar ao menos uma opinião, em relação à liberação das drogas, e esclarece bem pontos como a "pedofilia" dos padres católicos.

Há certamente algum cherry picking como as justificativas para uso de cigarro e talvez sobre aquecimento global, este último ainda não tenho como opinar sem muito mais estudo, mas o primeiro infelizmente acaba por, talvez, minar a credibilidade do autor para leitores que já lerão o livro com preconceitos ideológicos.
Profile Image for Abmael Filho.
35 reviews1 follower
December 13, 2017
Olavo de Carvalho ajuda com este livro a fugir do establishment da esquerda brasileira. Ajuda como contracultura, pois conceitos que são pétreos em nosso país são demolidos por ele.
Profile Image for Lanko.
310 reviews27 followers
January 26, 2016
Comecei a ler em 2014, retomei no meio de 2015 e finalmente terminei. O livro é excelente, indispensável para entender a realidade política, cultural e social do Brasil. Isso já seria suficiente, mas Olavo consegue ir ainda mais longe e traçar o mesmo panorama para os EUA e o mundo.

Lendo a obra quase 4 anos depois de seu lançamento, é possível confirmar que o material do livro acertou em cheio em vários prognósticos, principalmente em relação ao Islã e a Rússia (Na época a preocupação ainda era a Fraternidade Muçulmana, não o ISIS, e a Rússia ainda não tinha invadido a Ucrânia).

Além de diversos artigos que destroem os argumentos corriqueiros dos grupos atualmente no poder, tanto no Brasil como no exterior, são citados métodos de ação, armadilhas comumente usadas são reveladas e muito mais.

Não se engane, aqueles que detestaram a obra são exatamente os alvos do livro, cujas táticas e ideologias sujas são reveladas e reduzidas a pó uma por uma.
Profile Image for Mario Russo.
263 reviews8 followers
September 7, 2016
Olavo de Carvalho escreve muito bem, isso é fato. Embora não concorde com todas as ideias, é difícil achar brechas na maioria delas, especialmente nas que tangem a crítica ao comunismo/socialismo/Foro de São Paulo, etc. Olavo tem um "tom profético" nos dias de hoje pois ele vinha alardeando a praga que se tornaria do governo petista mesmo na era de altíssima popularidade de Lula. Para o bem ou mal, Olavo segue a cartilha conservadora até o fim, bem como intelectuais de esquerda igualmente seguem a sua cartilha de ignorar solenemente Mises, Friedman etc. A parte boa é a coesão de ideias (cristianismo, conservadorismo, etc) a parte ruim é a desonestidade intelectual em algumas partes... por exemplo, ao defender padres pedófilos dizendo que o índice é baixo comparado com outros casos. Ou quando fala do desemprego crescente da admin. Obama sendo que o Governo dele está para terminar enquanto escrevo este review e a taxa só caiu nos 2 mandatos, e por aí vai.
Profile Image for Alessandra  Anyzewski.
151 reviews19 followers
August 26, 2020
Li uns 30% e abandonei. São textos soltos e via de regra tenho dificuldade de ler livros assim, de coletâneas de artigos em jornais. Primeiro porque fica bastante repetitivo, e é bem pouco didático então mesmo lendo um alto volume de páginas fica a seu cargo conectar as ideias em uma visão de mundo. Não retomarei por enquanto.

Foi uma leitura interessante até onde rendeu, me fez pensar um bocado. Eu não comunicaria aquelas ideias de uma forma tão agressiva, mas concordei com várias coisas que vi ali. A radicalidade da comunicação eu vejo como um apelo por atenção, com que intenção é difícil dizer. Passei dessa fase de tentar me situar na política atual, então por enquanto não lerei livros nesse tema. Mas acho que posso consultar avulsamente um texto ou outro, com base em colegas que gostam do Olavo de Carvalho e que são bons de trocar ideias.
Displaying 1 - 30 of 84 reviews

Can't find what you're looking for?

Get help and learn more about the design.