Os escritórios de advocacia Charney Lawyers e Sutts, Strosberg & LLP abriu uma ação coletiva em nome de todos os usuários canadenses do Ashley Madison que foram expostos após hackers vazarem na internet as informações de pessoas com cadastro no site de traição.
Anunciada nesta quinta-feira (20), a ação coletiva cobra indenização de US$ 760 milhões da proprietária do portal, a Avid Life Media, devido ao roubo de informações de milhões de clientes do site.
O reclamante principal é o viúvo Eliot Shore, que mora em Ottawa, e entrou no site após perder a esposa com quem foi casado por 30 anos. Ela morreu de câncer de mama. Shore diz ter buscado companhia no Ashley Madison, mas afirma nunca ter saído com ninguém do site.
Segundo a Avid Life Media revelou que um em cada cinco habitantes de Ottawa estava registrado no site.
Para as firmas, muitos usuários do Ashley Madison "estão escandalizados" pelo fato de o site não proteger "a informação de seus usuários".
"Em muitos casos, os usuários pagaram uma taxa adicional para o site remover todos os dados, mas descobriram que a informação permanecia intacta e exposta", afirmaram os advogados. Eles encorajam todos os "usuários passados e atuais" do site de traição que morem no Canadá a se unirem à ação judicial. Até criaram uma página na internet voltada a receber adesões (Veja o "Ashley Madison Class Action" aqui).
Entenda o caso
O grupo de hackers Impact Team publicou na quarta-feira (19) um pacote de dados 9,7 GB com informações roubados dos usuários de Ahsley Madison, entre os quais contas de e-mail e dados de transações efetuadas com cartão de crédito.
Os dados revelaram pelo menos 500 contas de e-mail pertencentes a organizações do governo federal canadense.