Em declaração enviada ao jornal americano "The York Times" na sexta-feira (21), o rapper americano Dr. Dre, de 50 anos, se desculpou com as mulheres que agrediu há décadas. O comunicado surgiu depois de críticos apontarem que o filme "Straight outta Compton", sobre o polêmico grupo de hip hop N.W.A., do qual Dre foi integrante, deixar de fora acusações de misoginia e violência física contra as mulheres.
"Eu peço desculpas às mulheres que machuquei. Eu me arrependo profundamente pelo que eu fiz e sei que isso terá um impacto eterno em nossas vidas", declarou Dre ao "New York Times".
"Vinte e cinco anos atrás, eu era um jovem que bebia demais e sem uma real estrutura na minha vida. No entanto, nada disso é desculpa para o que fiz. Sou casado há 19 anos e diariamente trabalho para ser um homem melhor para minha família, buscando orientação no caminho."
Dr. Dre também atua como coprodutor de "Straight outta Compton". Além disso, ele lançou recentemente o disco "Compton", seu primeiro trabalho em 16 anos e que serve como trilha do longa-metragem.
Apenas nos Estados Unidos e no Canadá, onde está em cartaz há duas semanas, o filme já arrecadou US$ 111,5 milhões e está em primeiro nas bilheterias.
Depois do pedido de desculpas feito por Dr. Dre, a Apple veio em defesa do rapper, que é cofundador da Beats Eletronics. A Apple, que adquiriu a companhia de fones de ouvido e streaming no ano passado por US$ 3 bilhões e fez de Dre um de seus executivos, disse que acredita na sinceridade do artista.
"Dre se desculpou pelos erros que ele cometeu no passado e ele disse que não é mais a mesma pessoa que era há 25 anos", disse a Apple em uma declaração enviada a agência de notícias Reuters. "Após trabalhar com ele por um ano e meio, nós temos todas as razões para acreditar que ele mudou."